Estrita relação entre Playboy e James Bond

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 Numa franquia que dura décadas, como a de James Bond, o que não faltam são momentos históricos. 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade (On Her Majesty's Secret Service, 1969 de Peter R. Hunt) guarda alguns deles, como a mudança de estado civil do personagem e também seu primeiro encontro com a Playboy Magazine.

O filme que está completando 50 anos ainda foi o único a ter um ator, George Lazenby a interpretar o personagem apenas uma vez. Já tratamos isso aqui no blog algumas vezes, relembre clicando aqui.

Vamos focar agora no encontro do agente com a revista Playboy. Numa  “coincidência”, a publicação foi lançada em 1953, mesmo ano da publicação de Casino Royale de Ian Fleming, o primeiro livro de 007.
A primeira Playboy e o primeiro James Bond (2ª edição) em 1953
Coincidência entre aspas, porque na verdade o mundo vivia um momento extremamente careta, propício ao surgimento de coisas opostas à glorificação do estilo de vida suburbano vigente.

Hugh Hefner, criador e editor-chefe da revista, um workaholic assumido, abraçaria publicamente um alter ego meio James Bond. Hefner e Fleming se tornariam amigos e correspondentes, sendo que os laços entre Playboy e 007 se estreitariam pra valer em 1960, quando a revista passou a publicar aventuras do personagem.
Estreia de James Bond nas páginas da revista em março de 1960
Quando o autor faleceu em 1964 a revista publicou uma de suas longas e célebres entrevistas. Até a capa de novembro de 1965 com a playmate na capa ostentando uma arma e tatuagem com “garotas de James Bond”.
Em seu miolo algumas fotos de bastidores de 007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball, 1965 de Terence Young) e as bond girls Martine Beswick, Molly Peters que haviam sido coelhinhas.Além claro, de outras beldades.

Até chegarmos no sexto filme da franquia, em 1969, quando podemos ver o agente apreciando a edição de fevereiro daquele ano. Durante uma investigação ele encontra a edição escondida dentro de um jornal.
Geralmente revistas para adultos eram compradas junto a jornais, para cavalheiros terem discrição. Dependendo da banca, o próprio atendente já colocava dentro de um catálogo qualquer, mesmos em você pedir.
A capa que vemos no filme é a Pamela Tiffin, jovem modelo Russa descoberta por Hollywood durante um passeio pela Paramount em 1961. Logo neste ano chamaria atenção em Cupido Não tem Bandeira (One, Two, Three) dirigida por Billy Wilder, que a descreveu como "a maior descoberta desde Audrey Hepburn".

Indicada duas vezes ao Globo de Ouro seguiu nos EUA até 1967, quando foi para a Itália alegando “Querer descobrir o que eu quero”. E seguiu no cinema de lá quase que exclusivamente até se aposentar das telas em 1986.
Pamela Tiffin e Franco Nero em Um Dia Negro (Giornata nera per l'ariete, 1971 de Luigi Bazzoni)
Além da capa a Playboy lhe deu uma seção de fotos sensuais como cabia à época. Mas o que encanta James Bond é o pôster central, né?

A Miss Fevereiro de 1969 foi Lorrie Menconi, uma modelo de nu. Ela estrelou o pôster central da mais famosa revista do gênero no mês de seu aniversário, quando completou 21 anos de idade.
Menconi, que está com 77 anos de idade, se tornou uma bond girl bem conhecida dos fãs do agente sem ter pisado num estúdio de filmagem. Graças à cena onde na verdade ela nem aparece.

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