“MORRERAM: Bette Davis, aos 81 anos, uma das "grandes damas" do cinema americano e uma das maiores estrelas de todos os tempos de Hollywood. Em cinqüenta anos de carreira, fez cerca de uma centena de filmes e ganhou duas vezes o Oscar em 1935, por sua atuação em Escravos do Desejo, e três anos depois, em Jezebel, além de ter sido a primeira atriz a receber o prêmio do Instituto Americano de Cinema, em 1977. O Oscar de 1938 foi um tapa de luva de pelica de Bette em seus criticas. A atriz era a mais cotada para viver o personagem de Scarlet O'Hara em ... E o Vento Levou, mas acabou sendo preterida por Vivien Leigh, que segundo os diretores da Metro, que produziu o filme, era "mais atraente" do que Bette Davis. Jezebel foi feito pela Warner e acabou imitando em tudo a estética de ... E o Vento Levou: os dramas e amores de uma jovem de família sulista que perde tudo com a Guerra de Secessão. Mas houve uma diferença: enquanto Vivien Leigh ganhou aplausos por sua atuação ao lado de Clark Gable, mas não recebeu nenhum prêmio, Bette Davis ganhou a honraria máxima da Academia de Cinema de Hollywood.
No entanto, não foi o papel de mocinha que consagrou Bette Davis. Muito pelo contrário. Ela se tomou popular em todo o mundo pelas suas interpretações de mulheres más, mais condizentes com seu tipo físico. Ela não tinha o charme de outras estrelas do cinema, como Marlene Dietrich ou Ingrid Bergman, e seu olhar frio inspirava mais distanciamento e reverência do que ternura. Como anti-heroína, a atriz fez sucesso em filmes como O que Aconteceu a Baby Jane, de 1962, e A Malvada, de 1950, que virou uma espécie de sua marca registrada. Sofrendo de câncer havia vários anos, mesmo assim Bette Davis não parou de trabalhar, seguindo o caminho inverso de outra deusa do cinema, Greta Garbo, que na década de 40 se afastou das telas. "Minha vida é meu trabalho. Não sei fazer outra coisa", costumava dizer. Nos últimos anos, Bette Davis havia se afastado de Hollywood, cansada do que chamava “o estereótipo" do atual cinema americano, e passara a filmar na Europa. Seu último trabalho foi As Baleias de Agosto, feito no ano passado. "Dizem que eu sou uma lenda viva, mas discordo. Todas as lendas estão mortas - eu não", afirmou ela, de forma característica, em sua última entrevista, há duas semanas. Dia 6, de câncer, em Paris. “
VEJA, 18 DE OUTUBRO, 1989
A revista Veja, ao publicar esta nota sobre o falecimento de Bette Davis comete pelo menos três equívocos. O menor é dizer que ela era a vilã em A Malvada (All About Eve), famoso erro entre quem não viu o filme.
Seu primeiro Oscar foi realmente em 1935, mas por Perigosa (Dangerous) e não por Escravos do Desejo (Of Human Bondage). Este apenas lhe rendeu a primeira das 11 indicações ao prêmio da Academia.
Muito pior foi dizer que Davis levou o Oscar de melhor atriz por Jezebel ao contrário de Vivien Leigh em ...E O Vento Levou (Gone with the Wind). Ambas levaram a estatueta pra casa por estes filmes, mas não competiram diretamente já que foram lançados com um ano de diferença.
Elas realmente disputaram em 1940, sendo que Bette Davis estava indicada novamente a melhor atriz por Vitória Amarga (Dark Victory).
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[Ouvindo: El Garrotín – Smash]
concordo... erros graves. precisam de mais atençao esses redatores...mas , nao tinha ninguem dentro da redaçao para ver tais erros?
ResponderExcluirThesko, naquela época... Nem IMDB tinha!
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