Collinsons: Erotismo e horror em dobro

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Mary e Madeleine Collinson foram agraciadas desde que nasceram em Malta, no ano de 1952. Gêmeas iguaizinhas, ganharam notoriedade na década de 70 como as Collinson Twins.

Bem novinhas, partiram á Inglaterra em busca de trabalho como modelo. Tão bonitas quanto desinibidas, conseguiram chamar logo a atenção.

Primeiro do fotógrafo Harrison Marks que as aproveitou em filme de 8mm de softcore. Formato comum na época para quem queria ver filmes de sacanagem no conforto do lar, sem passar o carão de frequentar salas X-rated.

Só conheceriam a fama internacional em 1970, ao aparecerem nuas na Playboy norte-americana do mês de outubro. A capa da revista as bradava como as primeiras gêmeas, mas há quem diga que foram apenas as primeiras idênticas a tirarem a roupa em suas páginas.

Claro que os entusiastas correram pra apontar que eram as mesmas garotas do curta sexplotation Halfway Inn. No filmete (provavelmente rodado em 1969) elas interpretam empregadinhas salientes com aspecto vitoriano.

Sucesso retumbante que chamou atenção dos Estúdios Hammer. Já longe de seu tempo áureo, quando revitalizou os monstros clássicos da literatura, a produtora inglesa se virava como podia.

Ou seja, tomou proveito da onda do momento, filmes com forte apelo sexual em sincronia com a liberalidade da época, mas não abandonou a temática horror. O resultado foram produções com seu refinamento habitual com lindas vampiras quase sempre em camisolas esvoaçantes, com um peitinho aqui, outro ali, à mostra.

Como chamariz, passaram a utilizar playmates e pinups célebres como protagonistas. Baseada no conto Carmilla de Sheridan Le Fanu, a trilogia de Kasnestein surgiu nessa fase.

Iniciada em 1970 com Carmilla – A Vampira de Karnstein (Vampire Lovers), prosseguiu com Luxúria dos Vampiros (Lust For a Vampire, 1971) e foi encerrada com As Filhas de Drácula (Twins of Evil, 1971). As irmãs Collinson, obviamente, protagonizaram este último.

Dos três, o com menos sugestões ao lesbianismo e com menos relação à história original. O título no Brasil (lançado em DVD pela Works/Dark Side) é infeliz porque não há menção alguma a Drácula durante todo o filme.

Frieda e Maria são duas órfãs obrigadas a morar com um tio (Peter Cushing grande como sempre!) puritano ao extremo. O velho é líder de um grupo religioso que sai à cata de mulheres com postura anticristã para torturar e matar cruelmente em prol da fé.

As irmãs não concordam com a postura radical do tutor, mas apenas uma delas procurará alternativa de vida. Cairá nas graças de um descendente de Mircalla, e ai está uma das graças do filme: Qual delas é a simpatizante das trevas?

Mary e Madeleine Collinson, assim como tantas estrelinhas da Hammer, não eram atrizes. As interpretações precisaram ser dubladas, e a carreira cinematográfica delas acabou aí.

Pela variedade de imagens que facilmente encontramos delas web afora, devem ter pousado nuas outras vezes. Até se aposentarem do show business já nessa época.

Madeleine se casou, teve três filhos e teria regressado a Malta, Mary vive em Milão (Itália) com seu marido e duas filhas. Não são vistas publicamente nem participam de eventos de fãs como suas colegas da Hammer.

Veja também:
Farinha do mesmo saco
Gêmeas: Eternas estrelas da Hammer


[Ouvindo: Honda – G. Sorgini]

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8Comentários

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  1. Olá, muito interessante ler o seu Blogue e as coisas fantásticas que você descobre e escreve. Tive que ler o post das gémeas até ao final e achei interessantíssimo, até porque não conhecia as ditas "meninas" do "metier"!!! Abraço, Zé Maria

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  2. José, eu só conheci graças ao filme da Hammer mesmo, e fiquei intrigado pra saber quem eram as gajas! :D

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  3. Eu tenho essa PlayBoy. TEnho, modo de dizer, porque há uns 20 anos doei toda a coleçãozinha para D. Célia para ela estudar as referências (foi o que ela me falou) para as fotos dela.

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  4. Refer, e ela conserva? São edições brasileiras?

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  5. Edições originais, americanas. Ela guarda tudo, sim.

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  6. Refer, eu tinha ficado na dúvida se essas fotos delas não pararam aqui na Homem.

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  7. Olá meu caro, tb não era para menos, umas "febras" dessas, e ainda por cima gémeas, intrigariam qq um, eheheh!!! Abraço, Zé Maria

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