As certinhas do Patrão

Helena Ramos
Neide Ribeiro

Antes do advento Big Brother Brasil, gatas borralheiras já sonhavam em ascender socialmente graças à TV. Na verdade um trampolim até o Olimpo, onde todos transpiram glamour ao dormir em lençóis de cetim.

Alguma mais talentosa, no quesito gingado, podia ambicionar virar dançarina do Sargentelli, mas a maioria queria mesmo é ser Telemoça, as ajudantes de palco do Silvio Santos. Tão folclóricas quanto as Chacretes, embora de visual muito mais comportado, várias seguiram bem sucedidas carreiras no cinema.

E parece que por lógica geográfica as colegas do Senor Abravanel conseguiram ir muito mais longe na tela grande do que as do Velho Guerreiro. Afinal, a Boca do Lixo, “pólo industrial” cinematográfico brasileiro, ficava em São Paulo.

Helena Ramos e Matilde Mastrangi chegaram a fazer novelas na Globo (Guerra dos Sexos e Vereda Tropical respectivamente), com destaque e tudo. Mas foi Neide Ribeiro a permanecer no ar por mais tempo.

Até bem pouco, era garota propaganda daqueles produtos tipo cartilagem de tubarão, planos de saúde, etc. Certa vez no programa do Ratinho ele a apresentou como “A grande musa de quando nosso cinema era bom!”.

Ouviu de troco: “Eu também era muito boa! Muito mais...”


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[Ouvindo: If I Knew You Were Comin' I'd've Baked A Cake – Eileen Barton with the New Yorkers]