Logo em 52, quando estreou o nome com que foi imortalizado (antes apareceu em duas produções como Aldo DaRe), dividiu a tela com a Oscarizada Judy Holliday em A Mulher Que Deus Me Deu (The Marrying Kind). O diretor George Cukor teria mandado Ray fazer aulas de balé para perder o jeito de bronco de andar!
No próximo ano conseguiu ser indicado ao Globo de Ouro por “ator novato promissor” graças a sua participação em A Mulher Absoluta (Pat and Mike) também de Cukor. Disputou com Richard Burton e Robert Wagner, sendo que Burton foi o vitorioso.
Sorte mesmo teve em 55, quando apareceu em Não Somos Anjos (We're No Angels de Michael Curtiz). Conseguiu aparecer em destaque ao lado de figurões como Humphrey Bogart, Peter Ustinov, Joan Bennett e Basil Rathbone.
O mais bacana dele nesse filme é sua figura rústica contrastando com a personalidade de bandido de bom coração. Uma ternura vê-lo aconselhando amorosamente a jovenzinha Gloria Talbott (a mesma atriz de Casei-me Com Um Monstro do Outro Espaço).
Ele não era de recusar trabalho, mesmo quando a velha indústria de cinema americano mudou os rumos. Lamentável que nem sempre os filmes que passou a fazer a partir do final da década de 60, estavam à sua altura.
Ray foi um dos poucos atores com carreira hollywoodiana sólida a aparecer em um sexplotation, embora em seqüências não eróticas. O que são filmes de terror barato perto disso?
Outro tipo que encarnou bastante ao entrar na terceira idade foi o coronel de exército. Já o encontrei não creditado até em blacksplotation como chefão do tráfico.
Esse vale-tudo profissional teria aumentado quando diagnosticaram câncer em sua garganta. Foi difícil bancar o alto custo do seu plano de saúde.
Culminou em sua expulsão do sindicato de atores quando descobriram que ele havia trabalhado em produções não sindicalizadas. Faleceu desse câncer em 1991, aos 64 anos.
E ele aparece entre aquelas centenas de referências que Quentin Tarantino gosta de propagar. Aldo Ray é um de seus atores favoritos, tanto que em dois de seus filmes fez alusões diretas a ele.
Em My Best Friend's Birthday (seu filme amador de 1987), o próprio Tarantino se diz chamar Aldo Ray. Recentemente em Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009) batizou o personagem de Brad Pitt como Aldo Raine.
Acaba apenas no nome e no espírito do personagem, mas já é uma homenagem bem legal. Durão até o fim!
[Ouvindo: Nature Boy – Nat King Cole]
"Não somos anjos" vai passar no TCM esse sábado, 22 hr!
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Pri[s], juro que eu não sabia!!! Valeu!
ResponderExcluirNão sabia que "Não somos anjos" com DeNiro e Sean Penn era remake.
ResponderExcluirQualquergordo, acho que o 50's já é remake. Historinha bem cristã, com ótimos atores.
ResponderExcluirDepois de 'Os Boinas Verdes', com John Wayne, não me lembro de nenhum filme com Aldo Ray exibido aqui. Teve um filme 'explotation' com AR que me lembro muito bem, embora o título nacional me escape, 'Riot On The Sunset Strip' — acho que era 'A Guerra das Minissaias'. Tinha Mimsy Farmer no elenco, que depois foi fazer filmes com Dario Argento.
ResponderExcluirRefer, certeza absoluta que devo ter mais um monte com ele além de Não Somos Anjos, A Mulher Absoluta e O Dragão Negro... Mas também não lembro!
ResponderExcluirTenho certa resistência a filmes de guerra, ou melhor, a filmes com muito texto, mas vou tentar ter os dele.
Em tempo: Sou muito distraído, e me perco na metade se tiver muito blablablá!
ALDO REY, O HOMEM MAIS GOSTOSO DO MUNDO! HOMEM ASSIM HJ SÓ EM FILME GAY! ADORO!!!
ResponderExcluirMoses, hahahahaha!Mas eu acho bão só na fase até 1955
ResponderExcluirSó troco o Aldo pelo Sterling Hayden...
ResponderExcluirMoses, ah, não!
ResponderExcluirHumedecy com essa foto peluda de capacete. G-zuiz! *.*
ResponderExcluirSe abana aí, Tchia!
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