Virgínia Lane briga com Marlene e toma pedrada!

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Se há rixa histórica entre fandon é a que envolve as Rainhas do Radio Marlene e Emilinha. Aqui no blog já explicamos tim tim por tim tim toda essa treta, leia aqui.

 

Pois bem, mas engana-se quem pensa que Marlene não tinha mais inimizades. Com a vedete Virgínia Lane o caldo azedou as vésperas do carnaval de 1966.

As duas estrelas eram atração do Baile do Hawai do Iate Clube Carioca quando se estranharam no camarim. Testemunhas contaram que até palavrões e ameaças foram ouvidos a quilômetros. 


Elas estavam divulgando cada qual uma marchinha de carnaval. A grande vitrine musical eram os bailes carnavalescos. Lane (célebre por Sassaricando em 1951) tentava as paradas com Bostela.

 O título estranho deve ser pra ter duplo sentido  "engraçado". Na real a palavra do francês significa algo como deslumbre ou gafe. A fantasia de melindrosa foi o grande sucesso daquele ano.

 

Já Marlene, a Rainha, defendia Roubaram a Mulher do Rui. A autoria era do José Messias, aquele mesmo que muitos anos depois julgava calouros no programa Raul Gil.

Nenhuma das duas marchinhas entraram pra posteridade, mas esta da Marlene chegou a aparecer em listas das melhores daquele ano de 1966.  


Depois da contenda no Iate Club elas não puderam mais ser convidar para o mesmo evento, como se dizia no colunismo social. O maior medo era que os fãs tomassem as dores e armassem verdadeira guerra no salão.


 Era comum entre eles debates acalorados sobre maestros privilegiarem ou prejudicarem esta ou aquela cantora. Bailes de carnaval elevavam nervos de todos que torciam pelo sucesso de sua cantora favorita. 

E realmente chegaram a vioIencia na quarta-feira de cinzas! Ao sair da Globo após ser entrevistada, Virginia Lane viu-se cercada por um grupo de fãs da Marlene que após ofensas começaram a lhe jogar pedras.

 

A vedete junto a seu advogado prestou queixa e tudo na 15.a Delegada Distrital. Segundo o Boletim de Ocorrência, não foi atingida na cabeça por pouco, por ter se protegido no carro que ficou com a lataria toda marcada. 


Em alto e bom som ela denunciou o secretário de Marlene que coordenou um grupo de jovens no “atentado”. A rival, por tanto, teria que ir à delegacia esclarecer o ocorrido que envolvia seu funcionário.

 

A imprensa carioca Marlene se disse surpresa com isso tudo e que só soube pelos jornais e amigos, que não estão satisfeitos com a injustiça que esta senhora está tecendo”. Salientou que não tem nada com o ocorrido nem tem secretário e jamais aguçaria os fãs.

 

Para a Revista do Radio foi bem especifica: “— Se realmente o meu público, que ela chama de fãzocas vaiou-a ou apedrejou-a, não tenho culpa nenhuma, como não teria Emilinha Borba pelos ataques que sofro por seus admiradores durante 15 anos.”

 Aproveitou ainda pra lembrar que quando começou a cantar Virginia Lane já era “a vedete do Brasil” (as duas ó tinham dois anos de diferença). E desmentiu o boato que recebeu vestidos emprestados: “Primeiro, porque tenho 1,65 de altura e ela apenas 1,50 - e, segundo, porque o seu "bom-gôsto" em vestir-se é muito duvidoso”.

 

 Logo depois Lane foi ao programa que Dercy Gonçalves tinha aos domingos na Globo e isentou a colega de qualquer ataque. Pra ela tudo não passara de "nervosismo"' de um fanático, que comandaria um grupo de admiradoras impetuosas da outra artista”.


O bom é que esse lance de fã de diva pop com ânimos exaltados é algo que ficou no passado, né? Não existe mais...

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