Pôster mais vendido da história teve produção caseira

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O natal de 1976 teve um ícone: O pôster da Farrah Fawcett num maiô vermelho. O mais lendário pôster de uma celebridade, um best-seller jamais superado!

Naquele ano a ex garota propaganda finalmente teve seu nome conhecido ao participar como a Jill no seriado As Panteras (Charlie’s Angels). Seu penteado virou uma febre, suas roupas, tudo era comprado, imitado por fãs.

O pôster com seu sorriso marcou os anos 70. A sensação ficou registrada no filme Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever, 1977 de John Badham) na parede do quarto de Tony Manero.

A história por trás dele, relembrada pelo Biograph é interessante e mostra como Fawcett tentou conduzir o estrondoso sucesso que alcançou. Na época estava casada com Lee Majors, astro do seriado O Homem de Seis Milhões de Dólares (The Six Million Dollar Man).

Ted Trikilis, dono da empresa de pôsteres Pro Arts Inc. nunca tinha ouvido falar na beldade loira. Num bate-papo com o filho adolescente de um vizinho soube que essa tal Fawcett era tão querida que os garotos estavam comprando revistas femininas para recortar os anúncios de xampu e decorar a parede do quarto.
 Estamos falando da década de 70, quando era bem mais difícil conseguir uma foto legal do seu ídolo. Trikilis entrou em contato com o agente da atriz que ao ser informada da proposta achou a ideia fofa, mas também, se ela não fechasse contrato alguém poderia fazer sem o consentimento dela.

Além de receber pelas vendas Fawcett também exigiu controle do projeto. Como fotógrafo pediu o freelancer Bruce McBroom, conhecido do meio cinematográfico há anos.

A ideia da empresa é que estivesse de biquíni, ela escolheu o maiô por ter uma cicatriz de infância na barriga. Num tempo sem Photoshop ela não confiou nos tradicionais recursos de retocar fotos.

Era verão de 1976 quando recebeu o fotografo em sua casa em Los Angeles para a série de fotos. O maiô era dela, que também cuidou sozinha de cabelo e maquiagem. O cobertor mexicano que aparece ao fundo o fotógrafo usava em seu carro.
Quando recebeu as provas, selecionou algumas para enviar à empresa. Especialmente na que está despenteada, com um enorme sorriso solar marcou com uma estrelinha: Sua favorita!

Também foi a do pessoal da Pro Arts. Em março de 1977 já tinha vendido cinco milhões de cópias! Todo mundo comprou, discutiu, curtiu, criaram lendas urbanas (ondas do cabelo formavam a palavra “sex”?).
Curtis D. Tucker, hoje cartunista, foi um dos garotos surpreendidos no natal de 1976
Ao todo foram vendidos 12 milhões de cópias gerando em royalties a atriz US $ 400.000. Para comparar o quanto isso valia, durante a primeira temporada de As Panteras recebia US $ 5.000 por episódio.

Agora com internet e impressoras por todos os lados dificilmente haverá outro pôster com tamanha repercussão. A imagem ficou registrada na história de Farrah Fawcett e na da cultura popular, com o maiô vermelho junto a uma cópia do pôster expostos a partir de 2011 (dois anos após a morte da estrela) no Museu Nacional de História Americana de Smithsonian em Washington, DC.
No museu junto ao maiô, puzzle e roteiro da série:  "objetos culturalmente significativos"
É claro que o sucesso do seriado ajudou bastante a impulsionar as vendas. Quase todo mundo que foi criança entre os anos 70 e 80 guarda lembranças de As Panteras, mas inegável que Farrah Fawcett por si só merece créditos por se tornar uma das últimas grandes pinups.

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