Francine Fishpaw (pobre Francine!) do filme Polyester (1981
de John Waters) tem muitos problemas em sua vida. Incluindo aí os dois pequenos
marginais que ela chama de filhos: Lu-Lu e Dexter.
Lu-Lu, uma Farrah Fawcett wannabe, já foi referida algumas
vezes aqui no blog. Aquela cujo boletim escolar é cheio de F, "F de Fantástica!".
Foco em Dexter, o garoto de vida dupla. Se é que se pode chamar de vida dupla passar os dias consumindo drogas e procurar donas de casa em supermercados para pisar seus pés. Que vida?
A parte irônica é que a identidade do agressor no filme é
bem menor que o paradeiro do jovem ator que o interpretou no sétimo longa
metragem de John Waters. Nem o seu nome, Ken King, parece ser real!
Aliás, tem cara de pseudônimo de ator porn da época. Tão da
época quanto a estampa de camiseta cheia de glitter “Acapulco Gold”.
Eu revirei a internet até achar alguma referência a essa
camiseta. E touché! Existe uma igualzinha a do Dexter sendo vendida em brechó virtual.
Voltando a Ken King, nem Waters deve conhecer o paradeiro. Na
faixa de comentários da edição estrangeira do DVD ele se recordou que as
filmagens estavam prestes a começar e ainda não tinham um intérprete para
Dexter.
O diretor o conheceu bebendo em um bar punk do West Village (NY)
e perguntou se toparia participar da produção. Experiência dramática não tinha,
mas topou rapar as sobrancelhas em frente a câmera (numa cena que nem entrou no
corte final!).
Não tá bacana? Precisa de mais alguma coisa?
No dia seguinte ele desembarcou em Baltimore,
pronto pra trabalhar. Keng King interpretando o junk Dexter e depois o bem comportado, salvo pela arte, é um caso de que se melhorasse estragaria.
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