O anúncio das lojas
Ultralar publicado em 1966 dava como garantia a origem japonesa. “Do Japão” por
muitos anos foi o “da Nasa” de hoje.
A descrição exemplifica as vantagens de acoplar isso ao
aparelho televisor: clareia e transforma a imagem de uma tela de 23 polegadas
em uma de 30, ou seja, de 59 cm ia para 77 cm! Uau!
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| Casa do Velho |
Ainda daria efeito de terceira dimensão e, embora se trate
de uma lente gigante, descansaria a vista. Só vantagens! E pela bagatela de
69,99 Cruzeiros, que não faço ideia de quanto seja, mas em se tratando de uma
tecnologia nova, não devia ser barato.
Vi alguns durante minha infância, mas nunca tivemos lá em
casa. Alias, nunca soube seu nome e para que servia até encontrar este anúncio
com todas as “vantagens” num jornal antigo.
Na real o BeamScope distorcia horrores a imagem, muito longe
de deixa-la como um cinema. Ainda assim, como vi alguns e muita gente lembra,
deve ter vendido bastante a partir dos anos 60, durante a popularização da TV.
É claro que se funcionasse bem seria um produto popular até
hoje. Nos anos 90 ele apareceu entre as quinquilharias do vizinho que morreu de
Rachel e Mônica na série Friends.
Uma lente de aumento gigante gera algumas piadocas boas.
Não?! Já era algo antigo e exótico para nova iorquinos 90’s como uma boneca
havaiana que dança Ula-ula.
O antiquário brasileiro Casa do Velho vendeu um novinho, na
caixa e tudo não sei por quanto. É um item realmente raro hoje em dia, pelo
menos buscando pelo nome oficial chegamos apenas a outra venda, no Ebay, de um
norte americano.
Ai que inocência um produto desses, né?! Pera lá! De um
tempo pra cá tenho tropeçado em anúncios atuais de uma lente que promete
aumentar a tela do celular.
Uma velha novidade!
Já tive aquela comichão por novidades a primeira vez que vi isso, mas
francamente,” inventaram” um Beamscope de bolso.
Daria +ou- R$1170 nos dias de hoje (2020). Que lente cara hein?
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