E seu inicio é um acaso incrível, mágico! Enquanto muitas sempre
sonharam em ser famosas, Helena Ramos se tornou por acidente, num mal
entendido, segundo contou numa entrevista ao canal Heco Filmes.
A mãe dela, como muitas donas de casa, comprava o Baú da Felicidade, aquele carnê do Silvio Santos que era pago todo mês para que, caso a pessoa fosse sorteada ia à TV girar o peão da casa própria ou depender da vitória do astro da semana no Qual É A Música para levar o grande prêmio (um Fusca!). Se não fosse sorteado podia-se resgatar o valor em prêmios do tipo jogo de copo ou liquidificador.
A mãe dela, como muitas donas de casa, comprava o Baú da Felicidade, aquele carnê do Silvio Santos que era pago todo mês para que, caso a pessoa fosse sorteada ia à TV girar o peão da casa própria ou depender da vitória do astro da semana no Qual É A Música para levar o grande prêmio (um Fusca!). Se não fosse sorteado podia-se resgatar o valor em prêmios do tipo jogo de copo ou liquidificador.
Isso em 1973, mas o Baú da Felicidade existiu por muitos e
muitos anos. Numa tarde a irmã da Helena Ramos ouviu o nome da mãe na rádio!
Havia sido contemplada no sorteio e devia se apresentar nos estúdios da TV Tupi
e lá foram as duas, mãe e futura atriz.
Ao chegarem lá descobriram que tinha sido um engano, havia
sido outra senhora de nome muito parecido. Roque, sim, aquele auxiliar de palco,
não deixou que perdessem a viagem: “Já que estão aqui mesmo, porque não se
sentam e assistem à gravação do programa?”.
E se sentaram logo na primeira fileira! Silvio Santos conversou
e ele mesmo a convidou para trabalhar de Telemoça. Telemoça era como se
chamavam as ajudantes de palco dele.
Silvio Santos ladeado por telemoças Revista Amiga e Novelas |
As lindas garotas que sorteiam cartas, giram letras no
painel do Roletrando (futuro Roda Roda), exibem capas de discos ao lado do
rosto enquanto os artistas cantam, etc. Helena Ramos lembra bem de ficar ao
lado de geladeira, televisão.
E aí ela entrou no show buzines após ter trabalhado de
balconista e ate atendente de bomboniere em cinema de bairro. Fez aulas de balé
clássico para dançar no palco e poder aceitar convites para dançar em shows de
artistas da Jovem Guarda que passavam pelo Qual É A Música.
Helena Ramos diz que gostava de trabalhar de Telemoça, “não
era uma coisa que tinha pensado pra mim, trabalhar na televisão, mas eu curtia.”.
Dava pra fazer um dinheirinho, segundo palavras da própria em 2019.
E no Programa Silvio Santos foi vista pelo diretor Roberto Mauro
que foi do Rio de Janeiro a São Paulo para convidá-la a participar de um filme
sobre O Inferno de Dante (que Ramos acredita nunca ter saído do papel). Ela
ignorou o cartão, tinha uma cena que teria que ficar nua.
Passou um tempo ele voltou a procura-la com outro projeto: As Cangaceiras Eróticas. “Não tinha nu”, não
tinha nada e ela finalmente aceitou, com o aviso do diretor de que a única cena
“mais forte” seria sem roupa num lago, mas seria filmada apenas do colo pra
cima.
Na hora de filmar Roberto Mauro mudou de ideia, mandou ficar
sem roupa em cima de uma pedra, ficou nervosa, quis ir embora, mas acabou topando,
achando que aquilo não ia dar em nada. E também foi apenas durante as filmagens
de As Cangaceiras Eróticas que ela soube que Matilde Mastrangi, outra Telemoça,
também, estava no elenco, também estreando no cinema.
O filme foi um sucesso, Helena Ramos passou a gostar do set,
de como um filme era produzido, câmera, fotografia, “Tudo era um quebra cabeça”.
Ainda em 1974 participou de outros três filmes.
Seu maior sucesso foi o polêmico Mulher Objeto dirigido por
Silvio de Abreu em 1981. Esta versão Marnie da Boca do Lixo atraiu nada menos
do que 2.031.520 espectadores.
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ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho. todos nos amamos você. Bj