Uma das primeiras celebridades nipo-brasileiras

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Se hoje conta-se nos dedos celebridades de traços de etnia nipônica no Brasil, antes, bem antes, isso era quase impossível de existir. A nissei Rosa Miyake conseguiu ultrapassar seu sucesso na enorme comunidade japonesa de São Paulo para todo o Brasil no final da década de 60.

 Em 1967 ela foi a protagonista da novela Yoshico, um Poema de Amor, produção da extinta TV Tupi. Como cantora o pulo do gato foi gravar versões em japonês dos grandes hits do momento da Jovem Guarda.

O marido, Mario Miyake, que também era seu empresário, deu a ideia dela ensinar Roberto Carlos a cantar em japonês. E assim foi, ensinou ele a cantar Sukiyaki, para delírio da plateia, conforme Rosa contou orgulhosamente ao site comemorativo aos 100 anos de Imigração Japonesa.

Em contrapartida, ela gravou Otomodachio No Koibito, versão de namoradinha de Um amigo Meu na língua de seus pais. Produzido pelo consagrados Jiro Takemura e Akira Arita, o disco teve distribuição no Japão com sucesso!

Atualmente é possível encontrar sua música  em CD  na Amazon.JP com um erro de tradução: “Pobe Pescabor” . Pobre Pescador marcaria a trajetória da artista.

Rosa Miyake só se tornaria conhecida realmente em todo o Brasil ao cantar a tradicional lenda de Urashima Taro (O pobre pescador) na propaganda da Varig que anunciava os voos diretos a Tóquio em 1968. A peça é ainda exemplo da animação feita no Brasil naquela época, assista nos players abaixo ou clicando aqui.

“Urashima Taro” acabou lançada num compacto em português e japonês e no ano seguinte o jingle passou a ser cantado como marchinha de carnaval. Em 1988 a publicidade voltou a ser exibida na televisão em reverência ao centenário da Imigração japonesa.

Ela costumava acompanhar o marido aos estúdios de TV onde ele produzia Imagens do Japão. Um misto de programa de variedades, curiosidades e às vezes auditório, o programa começou a ser exibido de forma independente ao vivo na TV Tupi em 1970.

A apresentadora era uma moça muito simpática, mas que num belo dia simplesmente faltou. Claro que a solução foi colocar Rosa como apresentadora, pelo menos naquele dia, já que tinha certa experiência na frente das câmeras.

Como se sabe, ela não saiu mais de lá, ficando na bancada do Imagens do Japão por mais de quatro décadas! Sempre trazendo novidades (como o microfone que bate palminhas...) e programas da TV japonesa.
Além da comunidade matar saudade, era um prato cheio para fãs da cultura japonesa num tempo bem anterior a TV paga ou internet. Próximo ao dia das crianças exibiam animações em stop motion contando lendas folclóricas!

Depois da Tupi o programa passou por várias emissoras. Na década de 80 era exibido na Bandeirantes (atual Band), sábados de manhã, quase de madrugada, tendo a Varig sempre presente entre anunciantes como Banco América do Sul, Lustres Yamamura, e, claro, muitas lojas na rua Galvão Bueno (Liberdade – SP).

Segundo informações encontráveis na web, Rosa Miyake, que atualmente possui 71 anos de idade, está distante do mundo artístico. Reside nos EUA e trabalha como empresária do ramo do golf.

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3Comentários

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  1. IMAGENS DO JAPÃO ERA UM PROGRAMINHA PÉ NO SACO !
    POUQUISSIMOS ASSISTIAM DOMINGO DE MANHÃ Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z . . . . . .. .


    ANTI TV

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    1. Respeito a sua opinião, mas eu discordo totalmente. Lembro que gostava de assistir esse programa, que era exibido pela TV Bandeirantes, no início dos anos 90.
      E o fato de ter baixa audiência, era porque o programa era voltado à comunidade japonesa e seus descendentes. É mais do que natural que nem todo mundo iria se interessar pelo programa.
      Na verdade, eu assisti a poucos programas. Pois, nessa época, eu viajava pra caramba e, por isso, não tinha como assistir sempre.

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  2. Com certeza esse programa deixou saudades a comunidade japonesas.

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