Se hoje conta-se nos dedos celebridades de traços de etnia
nipônica no Brasil, antes, bem antes, isso era quase impossível de existir. A
nissei Rosa Miyake conseguiu ultrapassar seu sucesso na enorme comunidade
japonesa de São Paulo para todo o Brasil no final da década de 60.
O marido, Mario Miyake, que também era seu empresário, deu a
ideia dela ensinar Roberto Carlos a cantar em japonês. E assim foi, ensinou ele
a cantar Sukiyaki, para delírio da plateia, conforme Rosa contou orgulhosamente ao site
comemorativo aos 100 anos de Imigração Japonesa.
Em contrapartida, ela gravou Otomodachio No Koibito, versão de namoradinha de Um amigo Meu na língua de seus pais. Produzido pelo consagrados Jiro Takemura e Akira Arita, o disco teve distribuição no Japão com sucesso!
Em contrapartida, ela gravou Otomodachio No Koibito, versão de namoradinha de Um amigo Meu na língua de seus pais. Produzido pelo consagrados Jiro Takemura e Akira Arita, o disco teve distribuição no Japão com sucesso!
Atualmente é possível encontrar sua música em CD na Amazon.JP
com um erro de tradução: “Pobe Pescabor” . Pobre Pescador marcaria a trajetória
da artista.
Rosa Miyake só se tornaria conhecida realmente em todo o Brasil
ao cantar a tradicional lenda de Urashima Taro (O pobre pescador) na propaganda
da Varig que anunciava os voos diretos a Tóquio em 1968. A peça é
ainda exemplo da animação feita no Brasil naquela época, assista nos players abaixo ou clicando aqui.
“Urashima Taro” acabou lançada num compacto em português
e japonês e no ano seguinte o jingle passou a ser cantado como marchinha de carnaval. Em 1988 a publicidade voltou a ser exibida na televisão em reverência ao centenário
da Imigração japonesa.
Ela costumava acompanhar o marido aos estúdios de TV onde ele produzia Imagens do Japão. Um misto de programa de variedades, curiosidades e às vezes auditório, o programa começou a ser exibido de forma independente ao vivo na TV Tupi em 1970.
A apresentadora era uma moça muito simpática, mas que num belo
dia simplesmente faltou. Claro que a solução foi colocar Rosa como
apresentadora, pelo menos naquele dia, já que tinha certa experiência na frente
das câmeras.
Como se sabe, ela não saiu mais de lá, ficando na bancada do
Imagens do Japão por mais de quatro décadas! Sempre trazendo novidades (como o microfone
que bate palminhas...) e programas da TV japonesa.
Além da comunidade matar saudade, era um prato cheio para
fãs da cultura japonesa num tempo bem anterior a TV paga ou internet. Próximo
ao dia das crianças exibiam animações em stop motion contando lendas
folclóricas!
Segundo informações encontráveis na web, Rosa Miyake, que atualmente possui 71 anos de idade, está distante do mundo artístico. Reside nos EUA e trabalha como empresária do ramo do golf.
Veja também:
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Anna May Wong: Solitária estrela
IMAGENS DO JAPÃO ERA UM PROGRAMINHA PÉ NO SACO !
ResponderExcluirPOUQUISSIMOS ASSISTIAM DOMINGO DE MANHÃ Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z . . . . . .. .
ANTI TV
Respeito a sua opinião, mas eu discordo totalmente. Lembro que gostava de assistir esse programa, que era exibido pela TV Bandeirantes, no início dos anos 90.
ExcluirE o fato de ter baixa audiência, era porque o programa era voltado à comunidade japonesa e seus descendentes. É mais do que natural que nem todo mundo iria se interessar pelo programa.
Na verdade, eu assisti a poucos programas. Pois, nessa época, eu viajava pra caramba e, por isso, não tinha como assistir sempre.
Com certeza esse programa deixou saudades a comunidade japonesas.
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