Terceiro filmes da Hammer Films a utilizar a criatura de Frankenstein, e primeiro a contar com a parceira da norte americana Universal Studios. Isso explica a maquiagem ser a mais parecida à do filme de 1931 de James Whale.
A criada por Jack P. Pierce (e mantida como propriedade da Universal) na década de 30 sofreu pouca alterações enquanto a Universal explorou o personagem de Mary Shelley até os anos 40. Tanto que é comum encontrarmos fotos de atores como Glenn Strange e Lon Chaney Jr. (que interpretaram o monstro posteriormente) legendadas como sendo o primeiro Boris Karloff.
Na inglesa Hammer, cuja primeira adaptação de terror adaptando literatura gótica foi justamente A Maldição de Frankenstein (The Curse of Frankenstein, 1957 de Terence Fisher ), a criatura mudou de rosto várias vezes, assim como seus propósitos. Começou mais realista como pediam as cores, até então, pouco utilizadas no gênero.
Perceba como no desenho de Roy Ashton aparecem até os eletrodos no pescoço e na cabeça. Ashton foi responsável pela maquiagem de vários filmes da produtora, como A Górgona (The Gorgon, 1964 de Terence Fisher) e The Reptile (1966 de John Gilling), mas seu trabalho no ciclo Frankenstein ficou restrito ao de 1964.
Veja abaixo todas as encarnação da criatura de Frankenstein na Hammer Films:
A Maldição de Frankesntein (The Curse of Frankenstein, 1957 de Terence Fisher) | Tales of Frankenstein (TV - 1958) |
A Vingança de Frankenstein (The Revenge of Frankenstein, 1958 de Terence Fisher) | O Monstro de Frankenstein (The Evil of Frankenstein, 1964 de Freddie Francis) |
Frankenstein Criou a Mulher (Frankenstein Created Woman, 1967 de Terence Fisher) | Frankenstein Tem Que Ser Destruído (Frankenstein Must Be Destroyed, 1969 de Terence Fisher) |
Horror de Frankenstein (The Horror of Frankenstein, 1970 de Jimmy Sangster) | Frankenstein e o Monstro do Inferno (Frankenstein and the Monster from Hell, 1974 de Terence Fisher) |
A única coisa que não trocou muito foi Peter Cushing como o Barão. Na película de 1970 deu lugar a Ralph Bates, no roteiro com menos ligação entre os outros da série, praticamente um reboot.
Velho Cushing voltaria ao papel em 74, no último. Ele já tinha feito literalmente o diabo para criar vida em laboratório.
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Musas da Hammer ontem e hoje
Adoro esta personagem e toda esta obra. Mary Shelley certamente estava inspiradíssima (com absinto?) quando compôs o sensível monstro, espelho do homem que não conhece o pai e disso se ressente. Ah! o amor!!!
ResponderExcluirLindas lembranças, caro. Grato por reviver esta experiência monstra!
MRMAR
Mauro, de nada! :))
ResponderExcluirO mais estranho é que só fui me interessar pelo personagem depois de adulto. Tive resistência por anos e anos.
Maul, Mary Shelley não estava inspiradíssima, ela estava intoxicada — intoxicação alimentar. A mulher comeu uma salada de patas de caranguejo e foi dormir. Teve uma congestão e quando acordou, 48 horas depois, a história de Frankenstein estava pronta na cabeça. Quem me contou essa foi o Eduardo Bueno.
ResponderExcluirO filme Frankenstein Criou a Mulher passou no cinema com esse nome? Acho que não. Assisti no cinema (Cine Áurea, Rua Aurora, sem putaria, na época). Onde anda Susan Denberg? Ela foi 'coelha' da Playboy — acho que tenho a PB americana, com ela. Tinha, né, agora e do 'acervo' da dona Célia.
ResponderExcluirRefer, no cinema não sei, em DVD saiu com este nome no Brasil.
ResponderExcluirQuando pesquisei sobre Denberg não havia um consenso sobre seu paradeiro. Dizia até que havia cometido suicídio, outros negavam...
Por isso a bio dela no IMDB hoje deixa claro que "Continua viva".
Saindo totalmente do tema e do tópico, esta versão de 1970 é de se assistir com mais ênfase hein?...
ResponderExcluir(Ok, não aguentei)
Daniel, pelo monstro Hunk? hehehe
ResponderExcluirE é o David Prowse, que mais tarde seria o corpão por baixo da roupa de Darth Vader!