As imagens são da TV Tupi, provavelmente para uma matéria de jornalismo, retratando a aventura dos pedestres no famoso logradouro. Não sei como a reportagem não flagrou alguma tiazinha sendo atropelada.
Percebi também que não era asfaltada, além da mão única. O calçamento (paralelepípedos?) ajuda a dar um aspecto de cidadezinha do interior difícil de imaginar no centro da capital do Estado em época não tão remota assim.
Quem não é de São Paulo, ou leitores de outros países, vale dar uma olhadinha em como ela é hoje no Google Steetview. Pelo dia e horário em que foi fotografada, até que está tranquilíssima, mas normalmente é distante do caos 60's quando nem semáforos tinha.
Observando melhor (com ajuda do Davi Valério) cheguei ao ponto onde algumas tomadas talvez foram feitas. O imóvel que aparece aos 27 segundos seria a galeria Florida, número 2212.
Ganha um saquinho de jujubas sortidas quem falar que assistiu ao vídeo e não lembrou de Rua Augusta, hit da Jovem Guarda. Pra poupar os eu trabalho de ir atrás, ouça no player abaixo ou aqui.
A dica do vídeo foi um oferecimento Davi Valério
Veja também:
Fonte dos desejos paulistana
Bardot no Rio
Em tupi: Morada do Sol
[Ouvindo: Escandalosa – Aracy de Almeida]
Ficou a impressão da música, né? Não tem velho hoje em dia que não se gabe do que nunca fez.
ResponderExcluirTalvez um ou outro da juventude desmiolada, masss... não era a população inteira.
Mas a Augusta tinha certo glamour, sim, o que gerou todo um rastro populento nos anos seguintes. Conheci uma senhoura que me contou circular pela Augusta quando jovem com uma mesma sacola de loja bacana, pra dar pinta.
Letícia, tinha que valer muito a pena mesmo. Eu é que não me arriscaria a atravessar ela.
ResponderExcluirImagina se estivesse ameacando chover?Ai que elas atravessavam mesmo. As senhoras acho que preferiam a morte debaixo de um carro do que deixar o cabelo molhar.
ResponderExcluirDavi, todas nos trinques. Só não podiam ir à Augusta de tamanquinho pq não daria pra correr.
ResponderExcluirSobre o calçamento da Augusta... teve um ano, começo dos 70, em que a Augusta, naquele longo trecho da Paulista até a Estados Unidos, foi acarpetada!
ResponderExcluirOs paulistanos mais antigos chamavam paralelepípedo de "macaco".
Nunca descobri por quê.
Outra cousa: centro de SPaulo em 64/65 era a Rua Boa Vista, a 15 de Novembro, Praça da Sé, Praça da República, Anhangabaú, o hoje chamado 'Centro Velho'. O trecho mostrado no vídeo era então bem longe do centro.
ResponderExcluirRefer, carpete mesmo? Não faz sentido. Pra quê?
ResponderExcluirE me diga uma coisa, o que era o "Bem Bom" que aparece? Cinema, loja?
Sim, carpete, aquele mesmo. Fez parte da decoração de Natal da rua que ficou uns 4 meses acarpetada.
ResponderExcluirComo diria a Carmen Verônica:
"AAAAAIII, que coisa cafona!"
Foi uma iniciativa dos donos de negócios do pedaço, com o Miguel Vaccaro Neto liderando. O Vaccaro era, então, uma espécie de "prefeito" da Augusta.
Bem Bom deve ser nome de loja; nunca houve um cinema em SPaulo com esse nome. (mas recentemente, até o ano passado, tivemos no Conj. Nacional o Cine Bom-Bril... pqp...)
Refer, que absurdo! Contando ninguém acredita!
ResponderExcluirPoxa, pensei que você me daria alguma pista do que era o Bem Bom. Parece que era grande, prédio fortão e sumiu.
Miguel, acho que descobri o que era o Bem Bom — repare, o que está na entrada são estofados. É uma loja de móveis. Fui no Google, existe uma rede de lojas de móveis com esse nome em Sta Catarina.
ResponderExcluirMas não lembro de nada, jingle, propaganda em jornal, nada.
Refer, GÊNIO! Procurei sempre mais ou menos como Augusta+Loja+Bem+Bom.
ResponderExcluirRestrito á rua em questão!
Olha que é uma rede. Pode ser mesmo.
Davi Vallerio, não havia perigo algum em molhar o cabelo, porque aquilo era uma massa de laquê inexpugnável. Hoje é que o perigo é iminente. Chapinhas comuns não resistem a uma chuva, sequer ao tempo úmido, em que todas as carapinhas afloram com graciosidade e rapidez impressionantes.
ResponderExcluirRefer e Miguel, eu lembro da decoração. Fiz até post about. Era carpete no asfalto e umas placas brancas em cima. Na época pareceu bem bizzaro mesmo. E os carpetes não resistiam ao trânsito, acabavam soltando.
Hoje em dia seria considerado de vanguarda. Pensando bem, ficou bonito...
Letícia, parece piadinha de... Português? Vou usar essa quando alguém falar dos lusitanos: "Calaboca que aqui até já acarpetaram a Augusta!" haha!!!
ResponderExcluirAh, sim! Abuse!
ResponderExcluirAquilo foi enquadrado na falta de jeito paulista de imitar os outros.
Insiro, humildemente, o sambódromo do Anhembi no imbróglio.
Letícia, de ostentar ser o maior [insira aqui qualquer coisa] da América Larina. rs
ResponderExcluirXi!! Engraçado é que SP nunca precisou desse bairrismo gigantista - eu diria - rural. Então, pra que, né?...
ResponderExcluirLetícia, precisar ninguém precisou, mas gostam do título. Dito e exposto por quem não tem noção do que é a América Latina.
ResponderExcluirOpa, é do gosto. Embora a pessoa nem pense na real vantagem de ser "o maior não sei o quê".
ResponderExcluirLetícia, fora atrair gente com mania de grandeza?
ResponderExcluirÉ. Embora seja uma cilada. Tipo, "a maior tragédia da AL" pode, na verdade, ser "a maior falta de manutenção da AL".
ResponderExcluirCapcioso isso...
letícia, pois é. O maior desvio de verbas da AL...
ResponderExcluirSempre procuro algo sobre a Rua Augusta, vivi por lá minha infância toda, meu pai tinha uma loja que se chamava "O Beco" que vendia sapatos de couro nos anos 80 e tinha uma bota bem imensa pendurada na entrada da loja, alguém se lembra???
ResponderExcluirTati, e em que ano foi isso? Só conheci a Augusta a partir dos 90.
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