Época em que o Brasil passou a ter as supermodelos, que claro, foram tentar ser atriz. Época dos bailões de carnaval da TV Bandeirantes em que todas eram “modelo e atriz”.
Evans fez mais umas pontas em telenovelas, nos filmes Eu (1987) do Walter Hugo Khouri e Fogo e Paixão (1988) de Marcio Kogan e Isay Weinfeld até sacar que interpretar não era a sua. Inesquecível como a empregadinha boazuda do quadro Nazareno do Chico Anysio.
Brunet, belíssima, belíssima, insistiu mais um pouco. Conseguiu personagem fixo nas novelas Araponga (1990), O Mapa da Mina (1993) e no remake de Anjo Mau (1997).
Dessa leva de manecas (como modelos 80’s eram conhecidas), Márcia Porto parecia que iria se firmar na TV, com papel fixo logo de cara na novela Um Sonho A Mais (1985). Se envolveu num acidente grave de trânsito, enfrentou boatos que havia morrido e fixou residência nos EUA.
Nesse período o país entrou num debate feroz sobre modelos que se tornavam instantaneamente atrizes. Debate bem tolo, aliás!
Desde que o mundo é mundo, cinema, teatro e até música, utilizam pessoas de aparência bonita com regularidade. Até pela plateia poder sonhar em querer estar ali, se identificar com o que assiste.
Difícil existir alguém que se visualiza feio. Não discuto se isso é ético, correto ou não, que seja bacana pessoas de estética admirável terem mais oportunidades. Isso é outro assunto.
A lógica da utilização de modelos como atriz é bem simples e dá certo há séculos. Não nos falta exemplos das que começaram como modelos, estudaram (ESTUDARAM) tornando-se respeitadas atrizes.
O ruim daqui é que qualquer uma que chega a trabalhar numa novela das 8 da TV Globo acha que chegou ao cume da carreira e não precisa de mais nada. Não á toa que faz tempo que não surge uma estrela de verdade.
E dá-lhe Piovanis, Dieckmanns, Winits, Arósios e tantas outras...
A foto de Márcia Porto é um oferecimento Balaio do Carl Ole
Veja também:
Supermodelos 80’s do Brasil
[Ouvindo: Malambo – Atahualpa Yupanqui]
O grande problema é que as meninas de hoje não almejam a profissão e sim a fama. E então o que temos como resultado? Interpretações vazias e páginas de fofocas cheias...
ResponderExcluirNa classe teatral há uma grande discussão sobre a possibilidade de se fazer arte na televisão: a arte não é essencialmente contestadora, provocadora? Tem como ser assim numa dramaturgia cada vez mais careta e previsível? E mais, o que é em si, a arte do ator?
Eu fico com Paulo Autran:
O teatro é a arte do ator, o cinema é a arte do diretor e a televisão é a arte do anunciante!
Nada contra, afinal, os atores também tem que pagar o aluguel...
Beijo Miguel (pra rimar! ;])
Pris, com certeza. Povo que almeja aparecer na Malhação.
ResponderExcluirMas não acho que TV seja algo ruim de jeito nenhum.
De jeito nenhum! A tevê é o que deu certo entre nós. Ou alguém acha que o teatro inglês também não tem suas coisicas?
ResponderExcluirE Miguel falou algo interessante: a necessária beleza pra gente ver. Gente bonita, casas lindíssimas, paisagens exuberantes, tudo coloridíssimo. Fora disso, só se for pela dignidade da experiência, da carreira, ou tem um quê que serve ao humor, à vilania, enfim.
É por esse exato motivo que as tevês do governo têm traço zero.
É por isso que todo aquele povo que NÃO está na tevê está no Metrô.
Letícia, hahahaha! "É por isso que todo aquele povo que NÃO está na tevê está no Metrô."
ResponderExcluirE por isso tb me irrita essas emissoricas de merda importando textos mexicanos pra combater a Globo.
Aliás, a mexicanização dos autores da Globo também é algo lamentável. os senhores ganhando tufos para reciclar o que fizeram antes e deu certo.
Junte isso mais um elenco meia boquinha e temos os indicies cada vez mais baixos de agora. Tudo muito banal.
Não tenho paciência pra mais nada que é hodierno, porque precisa satisfazer a um povareco que, desculpe, está muito longe do meu universo.
ResponderExcluirOntem vi Vale Tudo, Miguel. Houve uma cena (já deve estar no Youtube) entre a Roitman e o Cesar simplesmente digna de teatro, algo antológico!!!!
Daí fiquei pensando que, se ela foi planejada e foi ao ar, é porque aquele público entenderia: os diálogos, os olhares, a movimentação...
Num tempo em que não era necessário explicar tudo bem explicadinho.
Letícia, concordo plenamente. O subjulgamento do público é que tá foda.
ResponderExcluirNão parece ter sido feito pela mesma emissora, autor e diretor de Insensato Coração!
"Não à toa que faz tempo que não surge uma estrela de verdade."
ResponderExcluirFiquei pensando nisso. Além de não ter uma estrela de verdade, os diretores de novela agem como se atores e atrizes estivessem em falta. Lembro que na minha infância (Ih! Vai tempo...) volta e meia aparecia uma chamada de novela nova e o comentário de mães/tias era "Nossa, olha fulana, vai estar nessa novela, há quanto tempo ela não aparecia...".
Hoje tem "atrizes" que estão em todas, e atores também. Chega a dar nojo - parece que não existe mais novela sem Bruno Gagliasso e Cauã Reymond, só pra dar um exemplo recente. Sem contar as maletas - você deve ter visto o barraco que rolou depois que a Dieckmann disse (no Video Show!) que TV aberta não presta.
Pior, só o cinema nacional, onde já perguntaram se uma das condições pra captar patrocínio usando a Lei Rouanet era "ter o Selton Mello no elenco do filme"...
Ricardo, bem lembrado dessa época das chamadas. A gente se importava pelas estrelas que estavam ou não. Hj tanto faz.
ResponderExcluirMenino, e qual foi a última estrela revelada puramente pela televisão que despontou por aí?
ResponderExcluirPra mim, creio no Rodrigo Santoro, que surgiu sim em novelinhas sem sal e personagens uós.. mas foi fazer cinema, teatro e depois Hollywood (com personagens meia boca e etc). Hoje torce o Nariz para novelas globais, alega que são muito longas e atrapalham outros projetos.
O que você me diz? Concorda?
Metheoro, estrelas tipo Claudia Raia. A Secco foi uma promessa não cumprida.
ResponderExcluirNão seis e assistiria algo pq o Santoro tá no elenco. Isso pra mim é um termômetro de "estrelismo".
O Santoro um dia volta, abraçando alguma causa humanitária. Como uma vassoura, p. ex.
ResponderExcluirLetícia, hahahahahhahahahahahahah!!!!
ResponderExcluirHahahahahhahahahah!!!!!
Já vi esse filme antes!
Danto entrevistas entremeando uma ou outra palavra em inglês. Wait!
ResponderExcluirLetícia, sim! Dando umas derrapadinhas em algumas palavras em português.
ResponderExcluirOpa! E Marilia Gabriela ajudando...
ResponderExcluirLetícia, fantástico como dá pra esquecer a língua que aprendemos a falar desde criancinha...
ResponderExcluirO eterno fasc´[inio do inglês em terras tapuias. Pelo mesmo motivo, o Rabino Sobel está aqui desde que o mundo é mundo e não perdeu o sotaque.
ResponderExcluirLetícia, e aqueles dois cozinheiros franceses de meia pataca que têm programas no GNT! Poxa, derrapam numa palavras super simples.
ResponderExcluirVocês estão falando de sotaques... E o Ritchie, que está no Brasil desde a década de 70 e canta sem sotaque, mas dá entrevista com sotaque???
ResponderExcluirRicardo, o Ritchie! Hahaha Bem lembrado!
ResponderExcluirFica phyno, Miguel. Se não, qual a graça de um cozinheiro francês?
ResponderExcluirOutro dia cruzei com um turista de bermuda (sim, eles existem em SP), que perguntou algo a um transeunte. O cara respondeu, mas naquela subserviência, aquela animação, a vontade de bem servir, sabe?
Como sempre vi no Rio, aliás.
Letícia, vi isso no Café do Ponto aqui do Shopping em Jundiaí. Ficamos longos minutos para sermos atendidos por umas mocinhas com cara de bunda...
ResponderExcluirMas estavam todas esfuziantes em atender um casal de turistas que chegou bem depois. Fiquei com aquela sensação: "Eita povinho de merda somos mesmo!".
Horrível!
ResponderExcluirE a tentativa de se virar no inglês? Uma vez vi um cara indicando a um americano onde ficava a Quinta da Boa Vista, no RJ. Como não falava inglês, o cara indicou em português com sotaque....
Letícia, hahahahaha! Idiotas, pq a bufunfinha deles não é regular como a nossa.
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