Edith Massey, a dama dos ovos

Imagina que a gata borralheira tenha dormido de cara no borralho, ou a mãe que a Amy Winehouse poderia ter tido. Esta é Edith Massey, a pequena órfã que aos 15 anos foi ser dama de companhia para não morar mais em orfanatos. Acabou fugindo até ser capturada pela polícia.

Presa num reformatório esperou a oportunidade de sair de lá para realizar seu grande sonho de se tornar uma glamorosa atriz de cinema na Califórnia. O mais próximo que conseguiu foi fazer figuração em apenas um filme de 1940.

Lá, casou com um soldado, o que ocasionou o distanciando de seus planos artísticos. Separada no início da década de 50, já tinha desistido da carreira no show business, tanto é que trocou a ensolarada Califórnia por Baltimore, cidadezinha do estado americano de Maryland.

Conseguiu um emprego num hotel local como garçonete e assim permanecia em dias pacatos até sua sorte virar por completo! O então iniciante diretor John Waters encantado com seu jeito peculiar a contratou para o papel de Virgem Maria em Multiple Maniacs de 1970!

Na próxima produção, Pink Flamingos (72), foi a mãe de Divine, uma velha que vive num cercadinho de bebês e adora ovos de galinha de todos os jeitos. Arrasou também em Problemas Femininos, usando colante apertadíssimo ideal para suas inúmeras cenas de forte apelo sexual. Junto a Divine e Mink Stole, tornou-se marca registrada do diretor por toda a década de 70 integrando o grupo chamado Dreamlanders.

Rica, Edith Massey mandou produzir uma prótese dentária com os dentes defeituosos, parecidos com os que lhe deram fama.

Até falecer em 1984, a atriz tornou-se celebridade underground. Capitalizou a fama lançando cartões com sua figura exótica e inevitável compacto punk contendo o hit “Big Girls Dont Cry” com o qual excursionou pelos EUA.

É possível baixar o compacto em MP3 neste endereço, além de assistir a muitos vídeos com ela no You Tube.

Veja também
Liz Renay: Vivendo desesperadamente