Terreno fértil para lendas urbanas, teria surgido aqui, nos primórdios da Internet, uma das maiores curiosidades envolvendo dois clássicos: o álbum The Dark Side of The Moon (aquele de capa preta com um prisma) de 1973 e o filme O Mágico de Oz de 1939.
Somente após o advento do videocassete foi possível sincronizar de forma caseira áudio e imagem e perceber que quando executados ao mesmo tempo, a música do Pink Floyd se tornaria uma fiel nova trilha sonora.
Agora com CD e DVD a experiência pode ficar mais fácil pra qualquer um. Pra funcionar direito, o disco precisa ser iniciado exatamente após o terceiro rugido do leão da Metro, tarefa ingrata quando se usava vinil, conforme tentei em meio ao fumacê do período após ler o artigo de Ruy Castro “Cinéfilos dão asas à imaginação na Internet”, publicado no O Estado de São Paulo em 09 de agosto de 1997. E ainda era preciso virar o disco duas vezes para cobrir os 101 minutos da metragem do filme! Com CD basta tocá-lo uma vez e meia.
O jornalista aponta Alexandre Harm como descobridor, mas não explica porque diabos o americano tentou juntar duas coisas tão disparas pela primeira vez. O certo é que de lá pra cá esta história não parou, tendo seu auge em 2000 quando o canal TCM exibiu nos EUA O Mágico de Oz com a possibilidade da trilha sonora alternativa via tecla SAP. Como o canal pertence ao grupo Turner, detentor dos direitos da película, teve cara de oficialização.
Dois anos depois, os remanescentes da banda resolveram finalmente falar sobre o assunto à MTV americana. E como se suspeitava, até pela época em que produziram o disco, negaram qualquer ligação proposital.
Castro explicou passo a passo como tentar em casa tal viagem. Basta tirar o áudio da TV e soltar o pause do CD precisamente após o terceiro rugido do leão. A primeira pista de que funcionou é que durante os créditos iniciais o nome do diretor Mervyn LeRoy deve coincidir com a transição das faixas “Speak” to Me” para “Breathe”. Caso contrário, paciência, comece outra vez prestando mais atenção à boca do bicho!
Se ok, você irá ouvir “Balanced On The Biggest Wave” quando Dorothy se balança na cerca e “On The Run” quando ela cai de lá.
Entre as outras coincidências está a faixa “Time” quando aparece o cartaz “Past Present and Future” (Passado Presente e Futuro); na cena do tornado com a casa voando ouve-se “Great Gig in The Sky”; o barulho da caixa registradora em “Money” quando o filme fica colorido, ou seja, mais comercial e “Brain Damage” combinando com o número do Espantalho cantando “If I Only Had A Brain”.
Como já disse, a única vez que tentei foi nos 90, quando emprestei um vinil (embora já houvesse digital, não conhecia quem o tivesse) e VHS, o que dificultou a empreitada graças à pouca precisão dos mecanismos. Confirmo que na maioria das vezes parecia fazer sentido. Inacreditável quando Judy Garland cantando Over The Rainbow olha para o céu e se escuta barulho de helicópteros!
O verbete da Wikipédia em português tem outras informações, algumas diferentes das escritas por Ruy Castro.
[Ouvindo: Shake What You Brought With You – Mr Jamo]
isso é genial demais, g-zuiz! **
ResponderExcluirmenino... como diria Narcisa (a Tamborindeguy): ai que loucura! hahahahaa
ResponderExcluirSunshine, sempre achei bem maluco mesmo! Só não tentei de novo porque to esperando achar O Mágico de Oz triplo mais em conta! Rs
ResponderExcluirNivaldo, heheheheh! Imagina os doidões tentando! hahaha
miguel, será que não rola de baixar não?
ResponderExcluirtava pensando em fazer isso tb!
hihihi!
Não! O triplo é fabuloso! Já fucei no de um amigo... Cheio de extras incríveis. E depois é um filme pra se guardar forever! Com capinha bonitinha coisa e tal... Já encontrei o disco simples pra vender e nem era caro. Mas o disco do Pink Floyde eu não compraria nem (*)!!! rs
ResponderExcluirA parte mais incrível na minha opinião é a forma como o delírio psíquico da Dorothy em meio ao tornado coincide perfeitamente como o andamento de The Great Gig in the Sky.
ResponderExcluirQuando entra "Money" e tudo fica alegre e colorido, é absurdamente compatível com a letra e melodia da música. Na verdade, o que intriga a gente é não conseguir explicar os momentos em que não há coincidência alguma, fica parecendo que algo está errado...
campo, me intriga até quando bate. Pense como se fosse de propósito como teria sido difícil com a tecnologia da época em que o disco foi feito.
ResponderExcluirTinham que projetar o filme, gravar o disco... E depois isso tudo ainda batendo com a separação entrei faixas.
Bem doido!
http://vimeo.com/333721
ResponderExcluirSuper atrasado o comentário, mas tem essa sincronização no vimeo
Anônimo, bacana! Vou conferir. Valeu!
ResponderExcluirBasta saber a história real de Wizard Of Oz e a história do Pink Floyd para ver que não foi coincidência. Procure por Liber Oz.
ResponderExcluirAnônimo, heheh, lendas são lendas.
ResponderExcluirDark side of the rainbow completo no you tube : https://www.youtube.com/watch?v=UHoN-RYA-dM
ResponderExcluirAnônimo, obrigado! :)
ResponderExcluir