
É bom começar lembrando que Hitchcock detestava que ficassem analisando seus filmes. Para ele, as pessoas ficavam viajando em coisas óbvias e esqueciam de outras muito mais importantes.

O ataque das aves seria alusão á invasão comunista, apocalipse bíblico, alerta ecológico... Sempre achei que a culpa era da urubaca da Lydia (Jessica Tandy) ao ver a sirigaita Melanie, interpretada por “Tippi” Hedren, arrastando a asa pra cima de seu filho solteirão.

Sua obra anterior foi Psicose (Psycho, 1960), o maior sucesso de sua carreira. Mostrava justamente o embate psicológico entre mãe e filho.

Após Melanie invadir o lar da família do pretendente para colocar de forma secreta o casal de “love birds” (traduzido no DVD como periquitos, embora o VHS mantivesse o nome em inglês), logo depois sofre o primeiro ataque de uma gaivota. Leva uma bicada muito semelhante à defesa de uma galinha choca quando nos flagra mexendo em seus pintinhos.

O próximo ataque será em massa. Durante a festa de aniversário da irmãzinha do galã, quando a velha observa Melanie e seu filho vindo do mato em clima romântico.

Após Lydia fazer cara de quem não gostou da notícia entra uma revoada de pardais pela chaminé. A pendenga entre as duas nunca é resolvida, nem quando resolvem fugir juntas.
E um dos baratos das fitas de Hitchcock é exatamente isso. Pode ser, pode não fazer nenhum sentido, ou tanto faz!
Veja também:
As cores dos lingeries de Psicose
Aquela que comeu o pão que Hitchcock amassou
PERFEITO!
ResponderExcluirEu amo esse filme...
ResponderExcluirSó acho que no final a "mãe" e a Melanie se entendem, mas só quando a Melanie fica fraca e feia, e a "mãe" ainda garante o seu lugar indo embora junto.
Ca VM, pode ser! :D
ResponderExcluirA. sim! Mas isso é relativo com "se entendem"...