Quem achava que a única coisa que ainda prestava na revista Set era a coluna da Dulce, pode ir dizendo bye bye! A jornalista faleceu no dia 9 (domingo), mas quem está acostumado com seu texto, sabe que há muito tempo não devia ser ela quem a estava escrevendo. O G1 confirma isso na matéria sobre sua morte.
A amiga Dulce (como normalmente nos referíamos a ela) teve a grande oportunidade de ser a única jornalista brasileira a cobrir Hollywood em seus tempos áureos. Funcionária dos Diários Associados, admitia de forma franca que sua predileção era as grandes estrelas, não os técnicos ou diretores geniais do período.
Elegante, acabou participando da vida íntima de alguns dos nomes mais conhecidos. Costumava se reunir com Kim Novak, Carmen Miranda e Doris Day em chás que duravam horas a fio.
Novak chegou a infiltrá-la nas filmagens de Um Corpo que Cai (Vertigo) de Alfred Hitchcock, terminantemente fechado à imprensa. O melhor de tudo, quem explicou pra Dulce como funcionava o então novíssimo Cinemascope foi ninguém menos do que Marilyn Monroe, nos bastidores de Como Agarrar um Milionário (How to Marry a Millionaire).
Lançou alguns livros sobre suas memórias, como o ABC de Carmen Miranda (o único em língua portuguesa a fazer parte da biblioteca da Academia de Artes Cinematográficas) e Hollywood Nua e Crua. Este último foi reeditado duas vezes com capítulos distintos sendo que alguns acabaram reescritos para a coluna da revista.
[Ouvindo: Embraceable You – Billy Holiday]
Quando eu soube da morte da Dulce, pensei: O MIGUEL DEVE TER FEITO UM TEXTO!
ResponderExcluirCheguei aqui e não tinha nada.
Pensei, ele deve ta viajando ou algo do tipo, é tava.
Agora ta aqui, a Dulce, e que triste saber que ela terminou a vida numa clinica de repouso. Será que ela tinha parentes e tal? O que a SET fará a respeito? Assim, o texto dela nem era esse primor todo e ser a "grande tiete dos jornalistas" era meio pedante, mas porra. Ela conheceus "os homi".
Descanse em paz, Dulce!!
Metheoro, o texto dela aliás era mesmo muito ruim, mas ao mesmo tempo o sabor 50's o deixava irresistível.
ResponderExcluirE ela tinha filhos...
O que eu mais gostava eram as fotos dela com as estrelas que ilustravam as colunas. Passava um ar de intimidade, uma coisa "minha amiga Marylin e eu"...
ResponderExcluirFlavimar, e ao mesmo tempo algo tão coluna social do interior, onde a colunista aparece em TODAS as fotos com os famosos. Era divertido.
ResponderExcluirEra uma maneira de fazer jornalismo pop que passou. Mas sem dúvida ela foi um marco. Já pensou se não tivesse tido essa carreira?
ResponderExcluirÉ Letícia, uma linguagem bem de garota. Tipo ela disse, usando esse termo mesmo, que a Debbie Reynolds virou a mão depois dos péssimos homens que teve na vida. Ela sempre apostou que Reynolds namorava a Agnes Moorehead.
ResponderExcluirJisuis!
ResponderExcluirAmém...
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