Jane Fonda era mais feliz na qualidade VHS

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Não tem como negar que com a imagem cada vez mais cristalina de não sei quantos K muita da magia do antigo cinema foi pras cucuias.  Ou, exige um tanto a mais de cumplicidade do espectador.

Por exemplo, o clássico scifi Barbarella dirigido por Roger Vadin em 1968 só assisti no começo dos anos 90. TV de tubo de 20 polegadas, fita de VHS... Fiquei embasbacado não só com Jane Fonda, mas com a cena de abertura!

Como eles gravaram sem gravidade com os parcos recursos tecnológicos do final da década de 60?! UAU! Dificilmente público de hoje entenderá o encantamento que era quando um efeito especial funcionava perfeitamente.

E a cena continuou sendo incrível até eu substituir a surrada fita de vídeo por um DVD. E Barbarella simplesmente não resistiu ao 720P! Depois ainda em TV de plasma full HD? VIXI!!!

Obvio que não gravaram sem gravidade! A nitidez revelava que tratava-se de uma ilusão de ótica obvia até para o menos atento.

Na verdade Fonda tira a roupa deitada numa mesa de vidro em espécie de coreografia captada por uma câmera no teto. Agora vemos claramente seu reflexo no vidro.  FIM! Imagina em Blu-ray?! Um restauro em 4k?!

Sobrará muito pouco da velha magia. Por sorte, se apoiar em efeitos visuais é mania relativamente recente, mesmo filmes populares iam um pouco mais além das aparências.

Barbarella, por exemplo, embora de efeitos incríveis, já era cansativo pra chuchu nos anos 90. Tem Jane Fonda em seu auge, no melhor mood 60’s  para segurar seu interesse e isso nunca foi pouca coisa.

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