Vivo ou morto! Bela Lugosi nas estreias de Vincent Price

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Vincent Price apreciando o boneco de cera de Bela Lugosi, ou melhor, Drácula  é daqueles registros amadores que nos fazem bendizer a popularização a fotografia no século XX.  A data causa dúvidas em alguns lugares da web

Alguns acreditam ser na première de O Museu de Cera (House of Wax, 1953 de André De Toth) pela obviedade. Há quem ache se tratar da noite de estreia de Túmulo Sinistro (The Tomb of Ligei, 1964 de Roger Corman).

 E quem acredita na segunda hipótese está certíssimo! Existe um vídeo em 16mm disponível no Getty Images da gloriosa noite de arrepios que foi a première de Túmulo Sinistro em Los Angeles.

Na foto não dá pra ver, mas a esquerda do caixão estava a atriz Elsa Lanchester. Em 64 já bem distante de seu auge como Noiva de Frankenstein do filme (Bride of Frankenstein, 1935 de James Whale), mas uma eterna estrela aos fãs de filmes de terror.

Não foi a única celebridade da área a marcar presença. Estiveram lá Maila Nurmi (a Vampira) com chapéu de cossaca e Carroll Borland, vampiresca “filha” de Lugosi do já bem antigo A Marca do Vampiro (Mark of the Vampire, 1935 de Tod Browning).

Nenhuma delas esteva no elenco de Túmulo Sinistro. Só foram dar close mesmo, fazer presença não é coisa desde a invenção do BBB, né?

O luxo do luxo! Bela Lugosi representado num boneco de cera só coroa o evento. Com o advento da popularização da TV ele se tornaria muito famoso novamente com a exibição de seus velhos filmes com copyrights baratos.


Infelizmente Lugosi havia falecido oito anos antes, aos 73 anos de idade. Na pior das situações para um astro de cinema: Esquecido por todos, viciado, com dificuldades financeiras topando aparecer em filmes verdadeiramente terríveis.

Mas ele havia estado (inadvertidamente?) em pessoa em outra première de um filme com Vincent Price. Em 1953 Hollywood parou para a noite de gala de O Museu de Cera (House of Wax de  de André De Toth).

O filme era a aposta da Warner Bros para a cada vez mais acirrada concorrência com a televisão, então uma novidade que seduziu de cara o público. Só numa sala de cinema poderíamos assisti-lo em 3D, outra novidade da época.

Claro, premier de um filme de grande estúdio explorando o 3D atrairia uma multidão de curiosos e veículos de imprensa. Tanto auê ajudou a firmar Vincent Price como um dos maiores vilões do cinema.

E aí alguém de um estúdio nanico teve a brilhante ideia de promover seu filme aproveitando o furdunço. Mandou pra lá o Bela Lugosi (que maioria achava que já estivesse morto) com a velha capa de Drácula segurando ela coleira um homem vestido de gorila.

Um homem vestido de gorila na coleira! Na festa dos outros...  Assista com seus próprios olhos!

O filme classe Z em questão era “Bela Lugosi Meets a Brooklyn Gorilla” (1952 de William Beaudine). Comédia esdrúxula protagonizada por um genérico patético da dupla Dean Martin e Jerry Lewis.

Enquanto O Museu de Cera com a première glamorosa foi produzido com 658.000 dólares, “Bela Lugosi Meets a Brooklyn Gorilla” custou em dinheiro da época 50.000 dólares. Há quem jure que foram só 12.000 mesmo.

Será que no meio dessa miséria alguém achou ruim o Bela Lugosi ir naquela noite pra divulgar seu filme tão pobrinho?  Bom, a aparição foi incluída no cinejornal da WB da época e posteriormente incluída nos extras do DVD e BD de O Museu de Cera.

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  1. Vi esse do BROOKLYN GORILLA e mesmo terrivel consegue ser pior dos q
    ele fez com ED WOOD

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