RuPaul e Lucy Lawless foram nomes fortes nos anos
90, mas conseguiram escapar dessa perigosa associação quando celebridades ficam marcadas e
relegadas apenas à época em que surgiram. E o mais legal: se ajudaram na façanha de virar a página!
RuPaul teve um super hit, Supermodel, em 1993 e foi abraçada pela cultura pop por ser uma drag queen talentosa que ultrapassou as barreiras dos night clubs. Fez aparições rápidas em vários filmes cult, tentou emplacar outras músicas e até a apresentar talk show.
RuPaul teve um super hit, Supermodel, em 1993 e foi abraçada pela cultura pop por ser uma drag queen talentosa que ultrapassou as barreiras dos night clubs. Fez aparições rápidas em vários filmes cult, tentou emplacar outras músicas e até a apresentar talk show.
Bom, a neozelandesa Lawless foi ninguém menos do que Xena, a
Princesa Guerreira (1995-2001), protagonista da série que redefiniu tudo o que veríamos a partir dali no cinema e TV em termos de ação e aventura. E
ainda era um personagem silenciosamente lésbico!
Quando a atriz casou com o produtor Robert Tapert em 1998,
durante a terceira temporada do programa, lésbicas fizeram manifestações
contrárias ao matrimônio em alguns bares dos EUA. E Lucy não se faz de rogada!
É uma militante reconhecida dos direitos da comunidade LGBTQ.
E RuPaul e Lucy Lawless, a princípios duas personalidades tão opostas, são amigas desde os anos 90. A drag
esteve na Nova Zelândia se apresentando para um público "enorme" de 30 pessoas no final daquela década!
Em 2007 Xena já era passado quando lançou Lucy, vice campeã de um reality de celebridades que cantavam, resolveu se arriscar no mundo da música pop. Tentando alcançar um público maior em seu primeiro single convidou a drag para um dueto de uma nova versão de Come 2 Me!
Em 2007 Xena já era passado quando lançou Lucy, vice campeã de um reality de celebridades que cantavam, resolveu se arriscar no mundo da música pop. Tentando alcançar um público maior em seu primeiro single convidou a drag para um dueto de uma nova versão de Come 2 Me!
A regravação do hit disco de 1979 pode ser ouvido no player
abaixo. O feat Xena/Rupaul demora a engrenar
com uma sonoridade ultrapassada de boate, mas melhora quando entram os vocais delas e se
torna mais 70’s mesmo.
Dois anos depois, 2009, RuPaul estrearia o reality show Drag
Race. A competição se inspirava abertamente em America's Nex Top Model, onde a
modelo Tyra Banks fazia garotas disputarem uma carreira no competitivo mundo da moda.
Nem de longe ela era a mesma pessoa na fila do pão que é
hoje. Era uma celebridade trabalhando aqui e ali, distante daquele primeiro impacto
alcançado com seu hit SuperModel (aliás, fora essa música, o resto do disco
era triste até na época).
A produção bem pobrinha fazia qualquer um duvidar que o programa fosse tão longe. Ainda
por cima, nos primórdios da TV digital, resolveram exagerar num efeito blur que
deixou qualquer telespectador se sentindo míope.
Foi a vez de Ru se lembrar de Lucy para ser uma das juradas
especiais e a atriz, claro, aceitou o convite! Ela e Michelle Williams (ex Destiny's
Child) foram as primeiras celebridades conhecidas internacionalmente a toparem
participar como juradas especiais do RuPaul Drag Race (Tori Spelling apareceu no terceiro episódio sendo entrevistada pelas competidoras).
RuPaul declarou a imprensa da época que ela mesma convidou a
atriz por serem amigas de longa data, e ser “altamente respeitada e amada pela
comunidade gay. É um ícone gay. O personagem que interpretou em Xena
realmente personifica o que os gays amam na energia feminina”. Os competidores ficaram eufóricos em
conhecê-la!
Já a eterna Xena garantiu que passou momentos ótimos gravando o episódio. Estava feliz por participar de um programa
que legitimava o que assistiu no documentário Paris is Burning (1990 de Jennie
Livingston).
Vida longa a rainha e à princesa!!
Vida longa a rainha e à princesa!!
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