A terceira versão de King Kong, antes daquela dirigida por
Peter Jackson em 2005, foi em forma de animação no final dos anos 90. E quase
ninguém lembra que ele existiu!
O Poderoso Kong (The Mighty Kong, 1998 de Art Scott) não é
um derivado qualquer utilizando o mesmo personagem gigante, mas um remake da
história clássica. Seu título original lembra o de Mighty Joe Young (O Monstro
do Mundo Perdido, 1945 de Ernest B. Schoedsack), derivado do primeiro King Kong,
que por acaso também teve um remake em 1998 pelas mãos da Disney (Poderoso Joe).
Distribuído pela Warner diretamente em vídeo, O Poderoso
Kong é bastante fiel ao filme de 1931, porém, catou alguma coisa daquela versão
de 1976 produzida pelo Dino De Laurentiis. Assim como o de 2005 sua ambientação
é na Nova York dos anos 30 mesmo, não no presente.
Mas infelizmente está claro que a produção é voltada ao público infantil ao ter a maioria da violência suavizada. Ele enfrenta dinossauros como o filme 30’s
e uma cobra gigante como o filme 70’s sem destroncar pescoço ou
mandíbula, só no carinho.
Porém... Lembraram-se de adaptar o banho que o macacão dá na
Jessica Lange e que é considerado um dos momentos mais eróticos da história do
cinema. Mas a personagem se chama Ann Darrow como a da Fay Wray, não Dwan como
a da Jessica Lange.
A Warner teve alguns momentos felizes na área da animação diretamente
para o vídeo a partir de Batman: A Máscara do Fantasma (Batman: Mask of the
Phantasm, 1993 de Eric Radomski, e Bruce Timm), mas Poderoso Kong não é um
deles! Estilo fraco dos traços e design irregular de personagens tem uma
animação econômica que não o ajuda em nada.
Existem alguns números musicais bem simples e pelo menos em
um deles podemos ver uma “homenagem” à Pequena Sereia da Disney. Não que a aparência
da maioria dos personagens já não nos remeta com obviedade ao longa de 1989 do
estúdio do Mickey.
Na época de seu lançamento ganhou alguma visibilidade por
ser o último trabalho do veterano Dudley Moore que viria a morrer em 2002.
Moore empresta a voz ao anti-herói Carl
Denham e ao King Kong propriamente dito, embora o animal não fale.
E por falar em Kong, outra mudança drástica para agradar o público
infantil é o final! Sim, o monstro gigante rapta a garota e sobe ao topo do Empire
State Building, é atacado e cai como a história que conhecemos tão bem.
Porém, estirado lá embaixo ele simplesmente abre os olhos.
Fim do filme! Será que sobreviveu e levaram de volta à Ilha da Caveira?
Quem nunca viu ele mortinho da silva e sofreu a infância toda
com tamanha crueldade? Se tivesse sido esta versão em desenho teríamos tido pelo
menos esperanças.
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