Dona do Brasil 78 na capa da Vogue (e em todos os lugares)

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As coisas só melhoram na novela Dancin Days quando  a treta entre as irmãs Julia Mattos (Sonia Braga) e Yolanda Pratini (Joana Fomm) toma corpo. Julia, a ex presidiária, consegue ficar rica para rivalizar com a irmã socialite, daquelas que frequentavam a capa da Vogue.

 Enquanto a pobre Júlia esbanjando dinheiro (e spray anti careta), ao invés de seu nome era referida em colunas sociais como “a Moça do Chicletinho”. Mas na vida real, quem estava com tudo em 1978 era mesmo Sonia Braga que estampou dezenas de revistas, inclusive a capa da Vogue, que celebrava os 3 anos de Brasil.
A atriz chegava ao auge alcançado por raríssimas estrelas do Brasil, se tornando o rosto (e corpo) daquele tempo. Não tinha começado ali, naquele tremendo sucesso de Gilberto Braga, muito pelo contrário. 

9 anos antes, em 1969, ela esteva no elenco da montagem brasileira do polêmico Hair ao lado de outros futuros gigantes como Aracy Balabanian, Ariclê Perez e Armando Bogus. No cinema já havia feito uma ponta na obra prima O Bandido da Luz Vermelha de Rogério Sganzerla.
Sua estreia nas novelas foi no super hit de Janete Clair Irmãos Coragem (1970). O papel que começava devagarinho, até meio cômico, acabava definindo os rumos de personagens importantes ao revelar traços de vilania.

Na TV teve também seu tempo de “rainha dos baixinhos” no infantil Vila Sésamo em 1972 produção da Globo em parceira com a TV Cultura. Mas é claro, foi brilhar mesmo na novela Gabriela (1975), adaptação da obra de Jorge Amado indissociável à imagem de Braga.
Também de Amado, mas no cinema, seria a Dona Flor e Seus Dois Maridos. O filme dirigido por Bruno Barreto em 1976 se tornou por décadas a maior bilheteria de todos os tempos e levou o nome da atriz para os quatro cantos do planeta.
Isso tudo num resumão pra a gente tentar entender como Braga chegou colossal em 1978. E como esse ano pode ser considerado o cume da nossa maior estrela, sua consagração plena.

Nesse mesmo ano em que arrancou lágrimas como a sofredora Julia na novela das oito Sonia estreou como produtora no cinema. A Dama do Lotação adaptava um conto de Nelson Rodrigues escrito nos anos 50 pela lente devoradora de Neville De Almeida no final dos anos 70.

O nome da estrela tem tanto destaque nos créditos de abertura que aparece como um logotipo, típico em capas de disco, mas difícil de se ver no cinema. Em 1982 o mesmo logo apareceria no topo da revista especial com fotos da musa clicadas pelo Antonio Guerreiro. 

Essa espécie tropical de Marnie, Confissões de Uma Ladra (1965 de Alfred Hitchcock) arrotou mas de 6 milhões de espectadores aos cinemas. Até hoje é a sétima maior bilheteria do cinema brasileiro segundo a AgênciaNacional do Cinema (ANCINE) e o site Filme B.

Em quito lugar está o Dona Flor, numa lista encabeçada por Nada a Perder (2018 de Alexandre Avancine), aquela cinebio do Bispo da Record, que conquistou o pódio de forma discutível. Ou seja...


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