Jornal dos anos 50 registrou prisão de vampiro da baixada fluminense

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O grande sucesso de O Vampiro da Noite (Drácula, 1958 de Terence Fischer) trouxe algumas peculiaridades à cultura popular. Reascendeu o monstro clássico (agora finalmente em cores!), reafirmou o poder dos estúdios Hammer e, por incrível que parece, fez surgir lendas urbanas de que vampiros existiam mesmo.

Mesmo em grandes centros, como São Paulo, houveram vários relatos apavorantes de quem haviam visto um vampiro. Chegaram até a prender um “vampiro” em Campos dos Goytacazes, cidade do interior do Rio de Janeiro, conforme a manchete do jornal Luta Democrática em 11 de outubro de 1958.
Segundo a matéria o homem foi flagrado dentro do necrotério municipal sugando o pescoço de um recém-morto. Sem presas, usava lâmina de barbear para abrir um golpe na jugular do cadáver e satisfazer seu macabro apetite.

Eduardo da Costa Vaz, sempre de acordo com o jornal, era um “mendigo profissional” e foi descoberto após o subdelegado receber denuncia de vários mortos apareceram com cortes de gilete na hora de serem sepultados. A única explicação era alguém os estar vampirizando.

Assim montaram campana a espera de um novo cadáver que atraísse a bizarra fome do suposto vampiro fluminense. Dito e feito, naquela noite mesmo o necrotério recebeu o corpo de um homem que não resistiu a um ataque cardíaco, pouco tempo depois Vaz surgiu acreditando que não havia vigilância.
"Ele marchou para o cadáver e começo a mordê-lo. Superexcitado sacou do bolso um gilete e abrindo a veia do pescoço do cadáver começou a sua repugnante prática de vampiro. Olhos esbugalhados, completamente fora de si como se estivesse sob a ação de poderosa dose de maconha". Preso, a polícia constatou que não estava sob influência do álcool ou de qualquer outra droga, “Era simplesmente um tarado”.

Já na delegacia de Vigilância de Niterói “disse que uma força estranha o impelia àquela pratica. Não tinha meios de evitar a obsessão. Depois que sugava e mordia um cadáver, sentia-se aliviado, sob uma sensação muito agradável que o compensava das amarguras da vida de mendigo".

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