Todas as capas de MAD sobre novelas brasileiras

0
A revista MAD era uma tradicional publicação de humor dos Estados Unidos. Quando passou a ser publicada no Brasil em 1974 pela editora Vecchi ela já tinha 22 anos de existência e tentou se adaptar a estes lados dos trópicos.

Sua formula era estampar na capa sátiras a temas palpitantes no país seja na cultura popular, política ou costumes. O carro chefe, claro, era cinema, porém, no nosso país as novelas sempre ocuparam mais espaço do que qualquer filme nacional.

Foi assim que muitas das tramas exibidas principalmente na TV Globo ganharam versões escrachadas na publicação. Nem todas que fizeram muito sucesso foram capa, mas todas as capas foram com novelas de muito sucesso.

Abaixo você confere todas delas via The MAD Internet Database. Perceba como o interesse pelo formato televisivo foi perdendo caindo para eles, dando espaço para sátiras de reality shows, series e artistas da música popular.
Saramandaia, 1976 de Dias Gomes foi a primeira. Apareceu  na edição de setembro daquele ano como “Sarabandalha”.
Estúpido Cupido, 1976 de Mario Prata. A MAD chegou as bancas fazendo referência a trama 50’s em janeiro de 1977, um mês antes da trama acabar, com caricaturas de Ney Latorraca e Ricardo Blat.
Duas Vidas, 1976 de Janete Clair. A revista foi pras bancas em junho de 1977 com Betty Faria caricaturizada na capa e a paródia “Duas na Vida” em seu miolo.
Nina, 1977 de Walter George Durst. Uma novela das 10 na capa da MAD! O título da paródia da novela estrelada por Regina Duarte foi “Chatonina”.
O Astro, 1977 de Janete Clair. Mais uma trama de Janete Clair sendo referenciada. A sátira que esteve nas bancas em maio de 1978 foi chamada “O Asco”.
O Pulo do gato, 1978 de Bráulio Pedroso. A substituta de Nina mereceu mais destaque do que A Dama do Lotação de Neville d'Almeida e foi parar na capa de Julho de 1978, mas no interior da revista a sátira foi apenas ao filme: “A Bomba da Apelação”.
Danci’n Days, 1978 de Gilberto Braga. Claro que o mega sucesso do horário das 8 não poderia ficar sem uma capa da revista em dezembro daquele ano.  A paródia foi ““Dane-se Days””.
Gabriela, 1976 de Walter George Durst. “Neste número nós reprisamos Gabriela” dizia a capa de abril de 1979 se aproveitando da reprise que a Globo fez entre janeiro e maio daquele ano, o que, fica evidente, foi um grande sucesso novamente. A paródia foi “Gabrieca”.
Pai Herói, 1979 de Janete Clair. Outra trama de Janete Clair que esteve nas bancas em Julho daquele mesmo ano com “Pau no Herói”. Seria a autora a mais satirizada pela MAD? Vamos ver já!
Água Viva, 1980 de Gilberto Braga. Em agosto de 1980 a MAD conseguiu colocar entre os suspeitos do assassinato de Miguel Fragonard o verdadeiro criminoso em “Mágoa Viva”!
 Baila Comigo, 1981 de Manuel Carlos. O sutil trocadilho com Os Irmãos Corso em referência aos irmãos gêmeos interpretados por Tony Ramos traz ainda uma segunda caricatura de Betty Faria. Nas bancas em agosto do mesmo ano.
Jogo da Vida, 1982 de Silvio de Abreu. Divertida trama escrita sob argumento de Janete Clair virou “Bobo da Vida” nas bancas em março de 1982.

Elas Por Elas, 1982 de Cassiano Gabus Mendes. O detetive Mario Fofoca aparece inserido nesta arte originalmente publicada na edição dos EUA em maio de 1982.
Transas e Caretas, 1984 de Lauro César Muniz. Após um tempo a revista voltou ao Brasil agora na Editora Record. O adorável robô Alcides e Thiago (José Wilker) apareceram na MAD em agosto. A sátira de dentro era “Idéias para Reaproveitamento do Robô Depois que a Novela Acabar”.
Roque Santeiro, 1985 de Dias Gomes. Outro grande sucesso que não poderia ficar de fora, afinal, não deve ter tidos revista que não estampou algo desta novela na capa. Em dezembro de 1985 a paródia foi “Roque Chateiro”.
Vale Tudo, 1988 de Gilberto Braga. A edição de dezembro de 1988 dividia os assuntos, camisinha e a novela das oito. MAD foi pelos infinitos merchandisings que a trama exibia.
O Salvador da Pátria, 1989 de Lauro César Munis. Numa mesma capa incluíram Sarney, Lula, Professor Raimundo, Dona Cacilda e Sassá Mutema de Lima Duarte em abril do mesmo ano. No interior tinha “Se os personagens de “O Salvador da Pátria” caíssem na real”,
Que Rei Sou Eu?, 1989 de Cassiano Gabus Mendes. Prometendo uma viagem grátis a Avillan, a publicação chegou às bancas em julho daquele mesmo ano. Em seu interior desfrutávamos de "Uma Visita ao Reino de Argh-Vilan".
Pantanal, 1990 de Benedito Rui Barbosa. Em julho do mesmo ano uma das poucas novelas fora da Globo, para vermos bem o tamanho do sucesso que foi esta produção da TV Manchete. A sátira foi “Sacanal”, porque havia muita sacanagem na história. A MAD dedicou vários números as Eleições Diretas e depois ao governo Collor, o que pode explicar a ausência de capas para Tieta e Rainha da Sucata.
Vamp, 1991 de Antônio Calmon. Claudio Ohana como a vampira Natash foi capa em outubro. A revista aproveitou para fazer algumas piadas com vampirismo e o governo Collor.
Pedra sobre Pedra, 1992 de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn. O assassinato do restratista Jorge Tadeu (Fábio Junior) satirizado em julho do mesmo ano. A sátira nas páginas internas teve o sútil título “Merda sobre Merda”.
De Corpo E Alma, 1992 de Gloria Perez. Eri Johnson está mesmo em todos os lugares e não poderia deixar de aparecer na capa da MAD em Outubro de 1992 como o gótico Reginaldo. No resto do mundo em seu lugar a arte trouxe o Michael Keaton cortando o cabelo em uma de tantas capas que a revista dedicou aos Batmans de Tim Burton.
Renascer, 1993 de Benedito Ruy Barbosa. Tião Galinha e a sátira “Refazer” nas bancas em maio de 1993.
O Clone, 2001 de Gloria Perez. No novo milênio e pela editora Mythos a história da Jade virou “O Corno” em novembro do mesmo ano. Estranho não haver nenhuma caricatura de atores da novela na arte. mas referência aos atentados do World Trade Center.
O Beijo do Vampiro, 2002 de Antônio Calmon. A volta de Calmon ao universo vampirisco jamais alcançou o mesmo êxito de Vamp e ainda assim mereceu capa em outubro do mesmo ano. É também um caso raro onde a MAD trouxe um sucesso mediano em sua capa.
Os Mutantes - Caminhos do Coração, 2008 de Tiago Santiago. "Os Mutretas – Caminhos da Copiação" foi a segunda e última trama fora da Globo a ganhar capa. Em setembro daquele ano a revista saía pela Panini.
Avenida Brasil, 2012 de João Emanuel Carneiro. E a última foi a novela da Carminha! E a edição com "Ruazinha Brasil" é de setembro de 2012 

A revista ainda seria publicada no Brasil até maio de 2017 quando bateu as botas de novo. Em julho deste ano a matriz norte americana anunciou o fim da circulação impressa. 

Postar um comentário

0Comentários

Antes de comentar, por favor, tenha consciência de que este espaço é disponibilizado para a sua livre opinião sobre o post que você deve ter lido antes.

Opiniões de terceiros não representam necessariamente a do proprietário do blog. Reserva-se o direito de excluir comentários ofensivos, preconceituosos, caluniosos ou publicitários.

Postar um comentário (0)