Aí me deparei com esta imagem de 1936, loira e glamorosa com
essa legenda garantindo que é a Olivia de Havilland. Ué... Tô louco?! Que fase cocota da Olivinha é essa que eu nunca tinha visto?
A foto é uma referência a Sonho de uma Noite de Verão (A
Midsummer Night's Dream, 1935 de William Dieterle e Max Reinhardt). Mas NÃO É
MESMO a Olivia de Havilland!
É na verdade a atriz Anita Louise como Titania, a Rainha das
Fadas. Não sei como aconteceu essa confusão, porque Olivia estava apenas em seu
terceiro filme enquanto Anita era veterana, oriunda do primórdios do cinema,
mais de dez anos antes.
Aliás, o reclame do filme nem incluiu o nome de Olivia de Havilland e sim o de Anita Louise. O quarto nome, mas ainda o único nome feminino ali.
Aliás, o reclame do filme nem incluiu o nome de Olivia de Havilland e sim o de Anita Louise. O quarto nome, mas ainda o único nome feminino ali.
Fora esse engano num jornal brasileiro, as duas se esbarraram na carreira de verdade. Quando foi produzir As Aventuras de Robin Hood (The Adventures of Robin Hood de Michael Curtiz) a Warner pensou primeiramente no nome de Anita Louise para ser a doce Maria, mas recuou ao ver o apelo de Havilland em filmes de aventura como Capitão Blood (Captain Blood , 1935) e A Carga Ligeira (The Charge of the Light Brigade, 1936, todos sob direção de Michael Curtiz).
Todos, não por acaso, fazendo dupla com o galã Errol Flynn. Não
seria nada prudente perder esse apelo numa super produção como aquela transcorrida
em Sherwood e assim foi!
Sim, sim! Errol Flynn e Olivia de Havilland se detestavam,
mas... “There's no business like show business”! Robin Wood foi um tremendo
sucesso, consagrou de vez o status da moça com apenas 3 anos em Hollywood e sua
vida só não foi um mar de rosas na Warner porque ela bateu o pé pra poder ir no
estúdio rival fazer ...E O Vento Levou (Gone with the Wind, 1939 de Victor
Fleming e outros).
Já Anita Louise, a veterana, se contentou em estrelar O
Filho de Ron Wood (The Bandit of Sherwood Fores, 1946 de Henry Levin e George
Sherman), versão bem mais modesta que a Columbia produziria ainda tentando
espremer o hit que o concorrente fez em 1938. Logo ela se dedicaria
exclusivamente a series de TV, tornando-se pioneira no veículo.
Veja também:
Quando Olivinha completou um século
Beijos na tela, desprezo fora dela
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Beijos na tela, desprezo fora dela
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