Não há quem conviveu com Marilyn Monroe que não tenha tirado uma casquinha ganhando espaço na mídia com alguma declaração
bombástica, sensacionalista, ou absurdamente mentirosa. Jane Russell foi um caso
bem à parte.
Mesmo muitos anos depois de terem trabalhado juntas em Os
Homens Preferem as Loiras (Gentlemen Prefer Blondes, 1953 de Howard Hawks) e também muitos anos após a morte de Marilyn continuou
distribuindo palavras gentis a respeito da colega. Em 1992 esteve num desses
programas da tarde tipo Casos de Família cujo tema era Marilyn e mais uma vez foi bem
amável.
Lembrou ainda que aquele era o primeiro grande filme de Marilyn,
que no anterior, Torrentes de Paixão (Niagara, 1953 de Henry Hathaway), não
havia tido nem camarim, então tudo era muito novo e ela tinha que lidar com muitas coisas. Ainda destacou a paciência
que o coreógrafo Jack Cole teve com as duas sem experiência de dança, embora
ele fosse bem rigoroso com seu balé.
Entre as convidadas também estava Susan Strasberg (atriz, amiga
próxima de Marilyn e biógrafa da mesma) que lembrou de Marilyn ter contado que Jane
Russell lhe tentou convertê-la à religião e que ela tentou converter a morena a Freud. Russell corrigiu que não se
tratava de religião, mas de Deus, já que pertencia a um grupo cristão de
estrelas hollywoodianas que se encontravam nas casas uns dos outros por
privacidade.
Uma vez Marilyn a acompanhou a uma destas reuniões,
sentou-se no chão, ficou prestando atenção até o fim, mas no dia seguinte disse que aquilo não
era pra ela. Strasberg recordou do contato que a amiga teve na infância com a Ciência
Cristã e que na vida adulta, ao invés de pedir orações por algo que lhe
deixasse tensa, pedia para terem bons pensamentos por ela.
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Jane Russell no cúmulo da voluptuosidade
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