Após algumas semanas internada após uma queda, faleceu a
atriz Lady Francisco, a mineira mais carioca do nosso cinema, teatro e
televisão. Ela era daquelas atrizes que criavam um tipo único de si mesmas e
era sempre adorável ver Lady Francisco de sempre!
Não revelava a idade e agora a imprensa entra em parafuso,
conforme o print abaixo. Logo após a notícia de sua morte os sites se dividiam
entre 79 e 84 anos de idade. Coisa de diva mesmo!
De estilo sensual, meio Jane Russell dos trópicos, também
frequentava programas de auditório com contrastantes declarações morais, como a
de que havia parado de fazer sexo aos 40. Chocou até a Hebe em seu sofá ao assumir
que detestava beijar, porque tinha gosto de cuspe.
Muito franca até em suas interpretações, tem uma filmografia substancial
no período das comédias sensuais cariocas da segunda metade dos anos setenta.
Mas também participou de filmes renomados como em Lúcio Flávio - o Passageiro
da Agonia de 1977.
Da parceria com o cineasta Levy Salgado vieram algumas
pérolas como Rapazes da Calçada de 1981 e Punk - Os Filhos da Noite de 1983,
uma bizarra colaboração brasileira ao estilo apocalíptico dos anos 80. Este
último foi relançado cinco anos depois com o enxerto de sequencias de sexo
explícito e o novo título O Sexo Selvagem dos Filhos da Noite.
Em 1981, também ao lado de Salgado, se arriscou na direção com Anjos do Sexo. Se nas novelas fez várias suburbanas descoladas, em sua única incursão atrás das câmeras interpreta uma matriarca grã-fina às voltas com diversos dramas sexuais de fazer Freud sorrir de orelha a orelha.
Na TV Lady Francisco apareceu em ícones da Era de Ouro da
nossa teledramaturgia como A Escrava Isaura de 1986, Baila Comigo de 1981. A
dobradinha com José Lewgoy na novela Louco Amor, escrita por Gilberto Braga em
1983, fez o Brasil amar o casal cômico e repetir o bordão “E eu não sei?”.
Astros em Revista |
Além de seu trabalho, Lady Francisco deixa dois
filhos e três cachorros, dois gatos, uma maritaca, um papagaio e um urubu. Sua autobiografia não poderia ter um título menos provocador: Nunca Fui Santa!
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