Hoje aposentada e vivendo em Buenos Aires com seus pets, acredita que muita gente não sabe a hora de parar e aí fica fazendo papel de bobo. Quis parar por estar cansada de acordar cedo e com mais de uma centena de trabalhos, sabemos que acordou cedo a vida toda.
Em meio a tantos filmes populares que estrelou não consegue escolher seu papel favorito por saber quais são os defeitos que há ali. Jamais os revê e se surpreende como as novas gerações ainda os assistem e se tornam fãs.
“Agora estão na moda esses filmes bizarros e eu fiz de tudo. Era preciso fazer de tudo e eu fiz. De tudo menos pornográficos”, respondeu com bom humor. De terror não consegue escapar de perguntas sobre Expresso do Horror (Horror Express, 1972 de Eugênio Martin).
As melhores lembranças são do colega Peter Cushing. "Ele foi uma coisa incrível, a pessoa mais divina com quem trabalhei, ele tinha acabado de ficar viúvo e estava muito frágil, eu gostava de lhe dar força, porque Cushing era um bom companheiro", quando perguntada sobre Christopher Lee, outro dos protagonistas, Helga Liné responde com franqueza: "Eu fico com Peter Cushing, o outro prefiro não comentar".
Outro ponto espinhoso é sobre seus trabalhos com Pedro Almodóvar no começo da década de 80 quando ele ainda não era conhecido internacionalmente e ela já uma lenda do cinema. Participou como a condessa em Labirinto de Paixões (Laberinto de pasiones, 1982) e a mãe do Antonio Banderas em A Lei do Desejo (La ley del deseo, 1987).
No primeiro filme ela morava na Itália e lhe pediu para fazer um sotaque de lá, tudo fluiu maravilhosamente, “mas na segunda vez, lembro que tive que interpretar em alemão com um sotaque andaluz. Não foi bom, acho que ele trata mal os atores ", conclui sem entrar em detalhes. Garantiu que sempre se deu bem com todos os diretores, exceto Almodóvar.
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O que será que o Christopher Lee aprontou, hein?
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