Não há Oscar ou super agentes que mantenham todas as carreiras sempre nos
trilhos. Alguns atores e atrizes que até
foram indicados à estatueta da Academia participaram de alguns filmes que hoje
não estão na Netflix ou Youtube, mas no Pornohub, Xhamster e Xvideos da vida.
É claro que entre os anos 60 e principalmente anos 70 o
conceito de “filme adulto” era bem distinto do que entendemos hoje. O mundo
vivia a euforia da revolução sexual e o cinema tentava levar isso como um gênero
qualquer.
Por razões obvias, não colocarei o link para estes títulos,
mas basta usar o tio Google do jeito que todos nós estamos carecas de saber
usar.
Diana Dors em
What the Swedish Butler saw – Champagnegalopp (1975 de Vernon P. Becker)
Linda e loira, Diana Dors surgiu como a resposta britânica
ao fenômeno Marilyn Monroe. Atravessou o Atlântico rumo a Hollywood após uma
série de filme românticos em seu país, alçando o estrelato também como cantora,
mas jamais com estrelato jamais comparado ao de Marilyn.
Com o passar do tempo se manteve na mídia além dos filmes,
aparecendo em programas de entrevistas e series televisivas. Também conheceu o sucesso como cantora
inclusive no Brasil.
Diana Dors como Madame Helena em Champagnegalopp |
Ela já era uma senhora quando participou de Champagnegalopp,
comédia sexplotation (fotografada em 3D!) que equivale a uma de nossas pornochanchadas. Participa de
sequencias de sexo como espectadora além de aparecer cercada pelo elenco nu em
algumas oportunidades da fita.
Aldo Rey em
Sweet Savage (1979 de Ann Perry)
Galã promissor, chegou a trabalhar com nomes como Humphrey
Bogart e homenageado por Quentin Tarantino em duas oportunidades. Em My Best Friend's Birthday (1987) o
próprio Tarantino se diz chamar Aldo Rey e em Bastardo Inglórios (Inglourious
Basterds, 2009) batizou o personagem de Brad Pitt de Aldo Raini.
Rey conseguiu uma sólida carreira em
Hollywood, mas teve problemas com alcoolismo. Para piorar sua situação financeira
ele acabou expulso do sindicato de atores.
Aldo Rey em Sweet Savage |
Sua participação em Sweet Savage, um
dos poucos a misturar faroeste com sexo, foi abordada aqui no blog
anteriormente neste outro post aqui. Ele
nãos e arrependia de ter participado, ainda comemorava o tipo de férias que
passou no deserto e ainda recebeu alguns
dólares.
Peter O'Toole em Calígula (Caligola,
1978 de Tinto Brass e Bob Guccione)
8 vezes indicado ao Oscar, Peter
O'Toole (assim como todo o elenco “sério”) caiu em um filme de sexo explícito
meio sem querer. Tinto Brass fez um filme forte, mas ameno em matéria de
erotismo, o que obrigou o produtor Bob Guccione (da revista Penthouse) a
dirigir sequencias hardcore para misturar ao que havia sido feito.
Peter O'toole como Tiberius |
No elenco ainda a futura ganhadora do Oscar Helen Mirren (que
seria indicada quatro vezes ao prêmio). A fama do filme até hoje talvez seja
maior do que ele mereça, mas se encontra em vários destes sites, inclusive no
pudico Youtube.
Jayne Mansfield em Promises..... Promises! (1963 de King Donovan)
Jayne Mansfield se notabilizou como uma espécie de
caricatura de Marilyn Monroe. Chegou até a conquistar um contrato com a Fox,
mas era difícil encará-lo como algo mais além de uma cópia estridente e cômica
de Marilyn.
Além de loiras platinadas saírem de moda no começo dos anos
60, quando Marilyn faleceu em 1962 aquele tipo de humor que Mansfield fazia
perdeu em absoluto sua graça. Para sobreviver ela intensificou shows em casas
noturnas e participações em comédias de forte apelo sexual.
Promises..... Promises! é uma daquelas tantas comédias de
situação comuns naquele tempo, mas de orçamento tão apertado que foi filmado em
preto e branco. E Mansfield ainda aparece nua, mostrando os enormes seios que ajudaram
a lhe fazer famosa.
A ousadia de Jayne Mansfield em 1963! |
Jayne Mansfield trabalhou com Cary Grant entre muitos outros
astros, mas jamais se tornaria estrela de primeira grandeza como Lana Turner e
muito menos Marilyn Monroe. Fazer um nu no cinema daquela época também não a
ajudou em nada.
Robert
Strauss em Dagmar's Hot Pants, Inc. (1971 de Vernon P. Becker)
Ele foi indicado ao Oscar em 1954 por sua atuação em O
Inferno N° 17 (Stalag 17), mas é rapidamente lembrado como o zelador incômodo em O Pecado Mora Ao Lado (The Seven Year Itch, 1955),
ambos de Billy Wilder.
Com Marilyn Monroe e Tom Ewell em O Pecado Mora ao Lado |
Seu tipo de humor físico e versátil o levaria a TV. O veículo era relativamente novo, mas ele conseguiu fazer carreira em seriados como A Feiticeira, Perry Mason e The Alfred Hitchcock Hour.
Em Dagmar's Hot Pants no final de carreira |
Quando participou de Dagmar's Hot Pants, Inc. (co-produção EUA,
Dinamarca e Suécia) ele estava afastado da tela grande fazia algum tempo. Seria
seu penúltimo trabalho o que é bem estranho vê-lo idoso (e ainda careteiro) em
algumas sequencias de sexo simulado.
E é claro que este post deverá ser atualizado com o passar do tempo.Poucas coisas são mais maravilhosas do que obscuridades da sétima arte.
Veja também:
Jayne Mansfield VS Fafá de Belém
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