Amante nada secreta de Bela Lugosi

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Um amor de duas lendas do cinema que completa exatos 90 anos. Clara Bow, musa do cinema silencioso e Bela Lugosi, o eterno Drácula, teriam tido um rápido romance preservado para a posteridade pela arte.

Em 1928, ela já consagrada pelo blockbuster Asas (Wings, 1927 de  William A. Wellman e Harry d'Abbadie d'Arrast ) - primeiro filme a ganhar o Oscar - estava eufórica para ir assistir Drácula no teatro. Disse aos amigos ter lido que o ator não falava inglês e era incrível ele ficar horas no palco arrebatando multidões numa língua que desconhecida, “Eu quero conhecer este homem!”.
Bela Lugosi e o elenco da montagem teatral de Drácula
Antes de estrelar o filme Drácula em 1931, dirigido por Tod Browning para a Universal Studios, Bela Lugosi havia se tornado célebre ao interpretar o papel na adaptação teatral do livro de Bram Stoker. Lugosi era fã da estrela de cinema e ficou emocionado em recebe-la nos bastidores.
Bela Lugosi e Beatrice Weeks, sua terceira esposa
Bem, de lá foram para a casa dela e o resto sabe-se pouquíssimo! O affair veio a público em 1929 quando Beatrice Weeks, terceira esposa do ator, deu uma entrevista aos jornais explicando porque estava se divorciado apenas com meses de casamento.

Lugosi teria se gabado dos arranhões em seu pescoço e confidenciado o romance com Bow. Segundo a esposa traída, teriam ficado noivos, mas fizeram um acordo de permanecerem separados por um ano a fim de medirem a intensidade da paixão.
Não há qualquer outro registro desse romance além da entrevista e de uma biografia da atriz escrita por um amigo pessoal. E claro, um quadro de nudez de Clara Bow que Bela Lugosi encomendou ao amigo húngaro Geza Kende como forma de lembrança.
Pintada em 1929 a tela ficou exposta em todas as residências de Lugosi até sua morte em 1956. Mesmo casando outras duas vezes a tela de nu permaneceu na parede, convivendo com suas esposas.
Lugosi em casa com a tela de Clara Bow nua à esquerda e seu retrato como Jesus à direita, acima das cortinas
Com esposa, filho, cachorros e o retrato de Clara Bow nua
A imagem gera polêmica porque parece muito pouco Clara Bow, sabe-se que ela jamais posou nua para Kende, embora tenha sido fotografa sem roupa e aparecido semi nua em filmes. Conjetura-se, portanto, que foi produzida levando em conta apenas as memórias dele que levou em conta os cabelos ao natural da musa.

Em 1930 ele pediu uma tela sua, de corpo inteiro ao amigo expressionista. Essa tela com Bela Lugosi pertence ao baixista do Metallica Kirk Hammett, que a arrematou em um leilão em 2004.
Kirk Hammett com a tela de Bela Lugosi e o próprio ator em casa, com a mesma tela, provavelmente nos anos 30
A tela de nude com Clara Bow, tão estimada por Lugosi, foi vendida pela viúva a um negociante de arte. Foi dada por desaparecida por décadas até ressurgir como item de um leilão em 2013, assim como a história envolvendo os dois.

No catálogo do leilão estava descrita como “O infame nu de Clara Bow” e alcançou o lance de US $ 30.000. Quando Clara Bow faleceu em 1965 encontraram em seus pertences uma foto autografada de Bela Lugosi.

Veja também:
Na casa de Bela Lugosi
Vampiro milionário: Comércio post mortem de Bela Lugosi

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