Em entrevista a um telejornal da NBC Washington se declarou
emocionado com esta adaptação televisiva de seu roteiro. Isso deixando claro
que tem cada vez menos participação com esses projetos, muitas vezes apenas
conhece algumas pessoas do elenco.
Waters se disse surpreso com o interesse que Hairspray tomou
nesses quase trinta anos. Brincando
declarou esperar uma versão scifi do tipo Hairspray no Espaço e que uma vez, ao
ser entrevistado falou (zoando!) na possibilidade de um Hairspray on Ice e no
dia seguinte produtores lhe ligaram propondo isso.
O que provavelmente acontecerá mesmo é uma série. A HBO
pagou por um especial e uma série, que ainda não aconteceu, mas se esta “versão
ao vivo der audiência, quem sabe?”.
Mas as ideias não param por aí. Ele quer que a versão final
seja “Hairspray Naked” com todo o elenco nu, cantando pra cá e pra lá! Seria
uma excelente adaptação.
Rick Lake e Divine em Hairspray - E Éramos Todos Jovens (1988) |
Nikki Blonsky e John Travoltaem Hairspray: Em Busca da Fama (2007 de Adam Shankman) |
Maddie Baillio e Harvey Fierstein em Hairspray Live! (2016 de Kenny Leon e Alex Rudzinski) |
Com 70 anos de idade, sem dirigir nada desde O Clube dos
Pervertidos (A Dirty Shame, 2004), o diretor prometeu no final de 2015 que voltaria a ativa. Até agora não há nada além de lermos o nome dele associado a
remontagens de Hairspray ou a participações eséciais em filmes como Alvin e Os
Esquilos 4.
Tem um ponto em Hairspray que parece escapar a muitos dos
seus fãs radicais (que lhe deram apelidos como Rei do Vômito, Papa do Mau Gosto
entre outros). Além de o dinheiro ser bem bom de todas essas adaptações, John
Waters considera este filme de 1988 o seu único filme pernicioso, o mais eficaz
entre todos.
Explicou que filmes como Pink Flamingos (1972) pregam para
convertidos, para um público que já concorda com aquelas ideias. Já Hairspray,
cuja versão musical agora é remontada todo fim de ano em escolas públicas de
ensino médio da América leva a pessoas comuns discussões sobre racismo, travestismo,
casais inter-raciais, luta de classes entre outros temas ainda “delicados”.
Trocando em miúdos: Não adianta
nada tentar explorar temas socialmente relevantes em produções que apenas meia dúzia
vai assistir apenas para concordar com aquilo. Para Waters, “Hairspray é um
cavalo de Tróia: Ele sorrateiramente entrou no centro da América e nunca foi
pego”.
Veja também:
John Waters e a tirania do bom gosto
John Waters admirado com a obscenidade atual
Locação de Hairspray 1988 hoje!
Que fim levou o galã de Hairspray?
Hairspray no Brasil
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