Seu nome estaria relacionado ao cruel assassinato de cerca
de 650 pessoas, em sua maioria moças pobres e virgens. Viúva e embebida pelo
poder social, atraia camponesas com a promessa de emprego e uma vida melhor em
seu castelo com a ajuda de fieis empregadas e de um anão chamado Ficzko.
Pesquisadores indicam que ela além de psicopata era adepta
de práticas sádicas extremas. Entre os boatos que logo se espalharam junto ao
horror da descoberta está o de que a nobre cria que ao se banhar no sangue das
moças alcançaria o rejuvenescimento.
A impunidade acabou logo após o natal de 1610 quando as
autoridades invadiram seu castelo e descobriram dezenas de cadáveres no pátio e
ainda alguns moribundos clamando pela morte. Jamais condenada (ao contrário dos
cúmplices que foram queimados) , morreu em prisão domiciliar aos 54 anos de
idade numa torre do castelo Čachtice.
CNN |
Tanta depravação e
morbidez alimentam por séculos a cultura popular em todo mundo. Bram Stoker
teria emprestado muito desse universo para se inspirar para escrever Drácula, no
cinema, um de seus retratos mais fascinantes foi feito pela atriz Ingrid Pitt
no filme A Condessa Drácula (Countess Dracula, 1973 de Peter Sasdy), clássico
da Hammer Films.
Recentemente historiadores revisionistas apontaram outras
possibilidades para sua trajetória. Báthory teria caído numa armadilha
conspiratória, armada por parentes que estavam de olho em suas terras.
Rica, mas sozinha e dona de um temperamento instável, a
senhora teria sido alvo fácil após fofocas a seu respeito se espalharem. Como
não foi julgada nem condenada, suas vastas propriedades não foram apreendidas
pela coroa, mas passaram para seus parentes.
Mesmo com os depoimentos dos cúmplices (conseguidos por meio
de tortura) descrevendo um reinado de horror de sua patroa, a história tem muitos
furos. Na época tudo ainda foi resolvido com pressa demais para não levantar
suspeitas.
Objetos encontrados no seu castelo (que seriam usados para
torturar, segundo testemunhos) são os mesmos encontrados no museu de medicina
da Hungria, como um ferro, que aquecido servia para estancar sangue. Elizabeth "Báthory”,
que nunca pode se defender, provavelmente
foi uma curandeira, não uma vampira sádica.
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