Indiana Jones e o templo da antropofagia pop

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George Lucas foi uma criança feliz na década de 40, consumiu um monte de coisa legal que quando adulto usou para ganhar dinheiro. Foi assim com star Wars e foi assim com indiana Jones e suas tantas referências àqueles anos.

Quando apresentou o projeto de Indiana Jones em 1978 para Steven Spielberg, ele já vinha amadurecendo a ideia há algum tempo. Spielberg, como se sabe, gostou da ideia, e também sugeriu elementos para o roteiro que dirigiria em 1981.

O diretor falou do ídolo asteca que ao ser tirado de secular posto desencadearia a perseguição por uma rocha gigantesca. A sequencia emblemática foi lembrada, inclusive, quando o filme ganhou o Oscar de Efeitos Visuais.
Spielberg conta que tinha visto isso num gibi do Tio Patinhas que havia lido quando guri e nunca esqueceu. A história era As Cidades do Ouro (The Seven Cities of Cibola) foi escrita pelo lendário Carl Barks e publicada pela primeira vez em 1954.

Ali está todo o conceito da famosa cena de Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark). A imagem abaixo foi originalmente vista no blog Novo Clarim.
Assim como Indiana Jones, ir atrás de relíquias milenares e desencadear aventuras inimagináveis também é a base de tantos outros trabalhos de Carl Barks estrelados pelo sovina de Patópolis. Republicados de tempos em tempos em edições especiais, mexeram com a imaginação de geração de leitores.

Provavelmente no embalo do sucesso do herói criado por Lucas e Spielberg, a Disney produziu a série Duck Tales – Os Caçadores de Aventuras a partir de 1987. Os roteiros eram assumidamente baseados em Barks.

Aí foi a vez de Indiana Jones ser referenciado pelo Tio Patinhas. O episódio 49 da primeira temporada teve como título “Raiders of the Lost Harp”, desconheço como se chamou aqui, mas poderia ser “Os Caçadores da Harpa Perdida”.

Eram muito comuns citações, sátiras e inspirações a Indiana Jones nos desenhos animados da época, mas o curioso neste caso é Duck Tales, criado a partir de  Carl Barks, apontar para o que havia se inspirado nele mesmo.  O pop abraça tem infinitos braços e aponta para todos os lados, inclusive para si.

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