Orson Welles tinha apenas 22 anos quando foi capa da conceituada Time em
1938. Caracterizado de velhinho para uma de suas adaptações de Bernard Shaw, o
moleque já tinha conquistado muito mais do que alguns passarão a vida tentando.
Estava com 23 quando provocou pânico narrando no rádio A
Guerra dos Mundos de H.G.Wells. Até o mais isolado dos norte americanos passaram
a conhecer seu nome, tamanha repercussão do que muitos acreditaram ser real.
Aos 25 anos dirigiu nada menos que Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941), a obra máxima do
cinema para muitos críticos. Tornou-se instantaneamente o principal
candidato a gênio máximo das artes.
Ruy Castro comenta em seu livro Saudade do século 20 que
isso tudo era pouco. Quem conheceu a criança Orson Welles considerava o adulto
Orson Welles um tremendo fiasco.
Morreu em 1985 aos 70 anos e na época era possível que desavisados
estranhassem a noticia: “Ele já não estava morto?”. Nem de longe poderia
lembrar o rapaz auspicioso que havia sido.
Naquela altura ressurgia de vez enquanto na TV
e revistas em anúncios de charuto e bebidas alcoólicas. Também podia ser visto em pequenas
participações em filmes de gente que, ainda segundo Castro, se não fosse Welles
estariam vendendo picolé na esquina.
Fracassou? Literalmente muito pelo contrário. Tão gênio que inverteu a ordem da ascensão à glória.
Veja também:
Então rosebud era o trenó?
Aplausos para a destemida Rita!
Fracassou? Literalmente muito pelo contrário. Tão gênio que inverteu a ordem da ascensão à glória.
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Seu blog é excelente! Estou adorando todos os posts.
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