Tab Hunter foi um galã adolescente muito popular entre as
décadas de 50 e 60. Além de filmes ele teve um programa de TV (exibido até no Brasil) e gravou um disco de sucesso... Tudo ia bem até as revistas de fofocas colocarem
em xeque sua sexualidade.
A vida dupla, imposta pelos estúdios e a sociedade da época
logo se tornaria um pesadelo que o levaria vertiginosamente ao ostracismo. Assista
no player abaixo (ou clicando aqui) ao ótimo trailer do documentário Tab Hunter
Confidential e entenda melhor.
O filme tem como base a franca biografia que Hunter lançou
em 2005, quando oficialmente confirmou os boatos. Parece ser um registro interessante dos costumes tanto da época quanto de Hollywood que vivia o final de sua Era de Ouro.
Se hoje (2016!!!) a sexualidade de galãs gays costuma ficar trancafiada, na década de 50 ainda tinha o peso de ser ilegal. Interessante para estender o debate sobre a quantas andamos.
Se hoje (2016!!!) a sexualidade de galãs gays costuma ficar trancafiada, na década de 50 ainda tinha o peso de ser ilegal. Interessante para estender o debate sobre a quantas andamos.
Descoberto pelo empresário Henry Willson, célebre por
revelar galãs como Rock Hudson, Lee Majors e Robert Wagner, foi usado como
moeda de troca quando a revista Confidential quis publicar que Rock Hudson era gay. Wilson
negociou para que expusessem o jovem Tab Hunter e deixassem em paz Rock, muito
mais rentável nas bilheterias.
Assim a revista quase promoveu um “outing” em pleno 1955,
que foi basicamente ignorado pelas fãs. Conforme foi ficando mais famoso as publicações
passaram a insistir nas insinuações, enquanto o rapaz desfilava publicamente com
supostas namoradas como Natalie Wood e até Debbie Reynolds.
Na realidade ele teve um namoro longo com Anthony Perkins,
que também tentou ser galã romântico, mas ficou imortalizado como Norman Bates
em Psicose (Psycho, 1960 de Alfred Hitchcock). Existem fotos deles juntos em
eventos, devidamente acompanhados de "suas garotas".
Vampira (Maila Nurmi) disse numa entrevista que foi sua “beard
lady” (Mulher barbada), expressão da época para amigas que acompanhavam casais
homo. Ela recordou que as revistas o acusavam não apenas sobre a sexualidade
dele, mas também o chamavam de comunista, pervertido, traficante do governo
chinês entre muitos outros insultos.
Tab Hunter teve seu nome redescoberto no começo dos anos 80
ao participar de Polyester (1981 de John Waters) e A Louca Corrida do Ouro (Lust in the Dust,
1985 de Paul Bartel). Em ambos ele fez
par romântico com Divine.
Para essa nova geração ele se tornou um ícone kitsh/gay. Ele
não desenvolveu uma carreira voltada para este público por causa dos sérios
problemas de saúde que sofreu.
Veja também:
Tab Hunter na TV brasileira
Entrevista com Vampira sobre os anos 50
Você precisa conhecer este astro!
Jeitinho hollywoodiano de por fim a romances inconvenientes
Amizade na mira das línguas de trapo
A 7 chaves: Rock Hudson e Lee Majors
Filha de Vincent Price confirma bissexualidade dos pais
Richard Chamberlain: O ator mais corajoso do mundo
Antes de comentar, por favor, tenha consciência de que este espaço é disponibilizado para a sua livre opinião sobre o post que você deve ter lido antes.
Opiniões de terceiros não representam necessariamente a do proprietário do blog. Reserva-se o direito de excluir comentários ofensivos, preconceituosos, caluniosos ou publicitários.