O filme é a terceira adaptação do romance de Richard
Matheson para o cinema, a segunda produzida nos EUA. Em 1964 (Mortos Que Matam)
teve Vincent Price encabeçando o elenco e em 1971(A Última Esperança da Terra) foi
a vez de Charlton Heston.
De longe, a mais recente é a mais fraca por atropelar conceitos importantes com efeitos computadorizados de qualidade discutível. Em
recente entrevista a um podcast parece que isso ainda não está claro para Smith:
“Sou obcecado com a tentativa de colocar pequenos dramas de personagens no meio de grandes blockbusters. O mais bem sucedido em que já estive com esse conceito é Eu Sou a Lenda.
Eu Sou a Lenda facilmente poderia ter sido uma peça de teatro, certo? Você sabe, um show de um homem só, um cara com um cão - geralmente você poderia pensar que é preciso de um pouco mais do que isso para um blockbuster, mas até agora esse é a minha maior abertura e meu segundo maior filme.
Então, isso é uma obsessão para mim, se não tiver muita ação as pessoas não querem vê-lo. Você pode ter tanta ação que você afasta as pessoas, ou você pode colocar tantas criaturas nele que agora as pessoas não o levam a sério.”
Parece que o amiguinho até hoje não
entendeu! Que tal pegar uma história ótima e não tentar transformar num
blockbuster cheio de “pá - pum - cataplaft”? Não há verniz dramático/sentimentaloide que dê jeito.
Sei que é o Will Smith, poxa! Um super astro de filmes
espetaculares no sentido prático da palavra, mas Eu Sou A Lenda errava a
começar por tirar o foco do homem dentro do universo e centralizar numa
conversinha pra boi dormir de papai de família que perdeu tudo (justamente o que ele acha que é uma grande coisa).
Veja tabela clicando aqui com uma comparação item a item
entre Eu Sou A Lenda (2007) e Mortos Que Matam (1964). Há filmes que já nascem
ultrapassados.
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