Joan Crawford na década de 60 |
Como é evidente, o filme erra em mostrar apenas um dos lados
da história, uma tremenda mágoa de cabocla oriunda de um livro ruim. Olha, mas
eu aponto que vai além disso!
Direção de arte se baseou em tudo o que o grande público
conhece de Joan Crawford. Para isso reproduziram fotografias publicitárias e
até cenários de seus filmes como se fossem a casa da atriz.
Para a caracterização da personagem central, Faye Dunaway (que
ganharia a Framboesa de Ouro por pior atriz do ano) chamou o maquiador Lee
Harman. Os dois trabalharam juntos desde Chinatown (1974 de Roman Polanski).
E aí está um deslize grotesco: Joan Crawford nunca teve
essas sobrancelhas de palhaça! Eram célebres por serem arqueadas, mas não no
começo, seguindo a linha do nariz.
Assim, qualquer expressão mais forte de atriz será risível. Veja
abaixo uma montagem que eu fiz na mesma foto com as sobrancelhas reais de Joan
Crawford, retiradas de uma foto mais ou menos da época que tentaram retratar nessa
imagem da Dunaway, anos 60.
Muito mais humanamente possível, vamos combinar! Não sei se
o filme estaria salvo com este detalhe, mas pelo menos o resultado seria
diferente.
E que tal essa foto de Faye Dunaway com o maquiador (e
carrasco) Lee Harman? Criatura e orgulhoso criador...
A amizade entre eles foi desfeita? Que nada! Continuaram a
trabalhar juntos, inclusive em Supergirl (1984 de Jeannot Szwarc), sendo que a
última parceria da estrela com o maquiador foi no obscuro Ambição Fatal (The Temp, 1993
de Tom Holland).
Veja também:
John Waters fala sobre Mamãezinha Querida
Faye Dunaway querida!
Revista Veja elogiou Joan Crawford de Dunaway
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Faye Dunaway querida!
Revista Veja elogiou Joan Crawford de Dunaway
Como leiga nesses detalhes (até agora!), gostei muito do filme no sentido em realmente sentir pena das duas crianças pela crueldade da mãe, mas acho que, como você disse, tentar fazer a coisa mais realista possível daria um baita crédito para produção. Valeu pela lembrança do filme!
ResponderExcluirNão conhecia o filme. Mas fiquei com muita vontade de vê-lo. Parabéns pelo blog!
ResponderExcluirEu vi o filme e não achei tão ruim assim... rs rs rs ... Mas sei que a crítica como um todo detonou o filme. Realmente nunca vi ninguém falar bem. Mas de fato o filme mostra uma Joan implacável, ruim, impiedosa... quase uma torturadora. Custa acreditar que alguém fosse daquele jeito o tempo todo.
ResponderExcluirOlha, eu não duvido de nada desse filme rs
ResponderExcluirVítimas de violência costumam ser silenciadas justamente por medo do descrédito, sobretudo quando o agressor é alguém com boa imagem social.
ResponderExcluirNão podemos afirmar se é verdade ou não, mas creio que é bem possível.
Existe pais de sangue, ricos, pobres, famosos ou não que maltratam seus filhos, então é bem possível sim.
Ainda mais que os outros adotados chegaram depois,quando talvez ela tivesse amadurecido ou pelo crescimento dos filhos fisicamente não pôde mais machucá-los.