Meio homem meio polvo, a criatura deve ter algum parentes com a prestigiada
O Mostro da Lagoa Negra (Creature from the Black Lagoon, 1954 de Jack Arnold),
visto que seu diretor Harry Essex foi um dos roteiristas no filme da
Universal. Não, por tanto, é coisa de um bando de garotos inexperientes sonhando em fazer cinema.
No elenco temos ninguém menos que a estrela de Hollywood
Pier Angeli. Aquela eterna virginal namoradinha de James Dean, cujo amor
proibido de ambos haviam feito muitas adolescentes suspirarem quase vinte anos
antes.
Ela estava literalmente em fim de carreira, sem ser
convidada para grandes produções se agarrou no que aparecia como várias outras antigas
colegas. Depois de O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (What Ever Happened to Baby Jane?, 1962 de
Robert Aldrich) filmes de baixo orçamento pareciam uma segunda chance para quem não interessava
mais a Hollywood.
Joan Crawford topou o ridículo Trog, O Mosntro da Caverna
(Trog, 1970 de Freddie Francis) e saiu dizendo que teve vontade de morrer
quando viu seu nome estampado numa marquise junto a esse filme. Bem, Pier Angeli
andava muito deprimida quando trabalhava em Octaman e realmente se matou com barbitúricos
durante as filmagens.
Só que isso tanto faz para Octaman. Editaram de um jeito que
ela continua praticamente em toda metragem, ainda muito bonita, com trinta e
nove anos de idade.
Mas nem tudo é fim de feira. A criatura risível de borracha, por exemplo, foi o primeiro trabalho de Rick Baker, na época com vinte anos e apaixonado por cinema fantástico.
Mas nem tudo é fim de feira. A criatura risível de borracha, por exemplo, foi o primeiro trabalho de Rick Baker, na época com vinte anos e apaixonado por cinema fantástico.
Baker depois se tornaria um dos principais nomes em maquiagem e efeitos visuais que já tem em sua prateleira sete Oscars de um total de doze indicações!
Ele criou o figurino, mas não o vestiu, como faria em 1976 para a super produção King Kong de Dino Di Laurentis. Aliás, incrível como apenas cinco anos (e milhares de dólares a mais) separam Octaman de King Kong.
É evidente que esse filme tá bem longe de ser bom. Mas já vi coisas piores.rs
ResponderExcluirEu até gosto de Octaman. Se não fosse pela falta de ritmo de algumas cenas, acho que ele seria mais lembrado.