A conhecida arte do Benício sofreu diversas alterações, algumas sutis, outras radicais. Fora a poluição visual dos caracteres deles, bem ao gosto local.
O Japão tem tradição em adaptar o material publicitário. Já falei antes aqui de Ata-me! (Atáme, 1989 de Pedro Almodóvar) que mais parecia
cartaz de filme de robô gigante.
Perdeu a graça do logo da flor, que, cá pra mim, tem um viés
erótico. No lugar um crucifixo iluminando o José Wilker, o que estraga um pouco
ao explicitar que o morto está vivo e o vivo está morto.
Ainda revela mais o peitinho da Sonia Braga, mas esconde as
pernas debaixo da coberta. Aliás, as pernas estão abertas, não cruzadas.
Um dos maiores sucessos do cinema do Brasil, Dona Flor
correu o mundo ostentando o nome de Jorge Amado. Tanto que no mercado espanhol,
onde o cartaz (que você vê ao lado) foi praticamente o mesmo, limaram o nome de
Chico Buarque para dar destaque ao autor.
Também mudaram a tagline para: “Ela encontrou a receita
exata para amar a dois maridos ao mesmo tempo” ao invés da nossa “Ela dá a
receita certa para amar a dois homens”. Ambos fazem referência aos dotes
culinários da protagonista, mas com sentidos diferentes.
Veja também:
Almodóvar no Japão
Prato favorito de Vadinho
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