Mais tarde ele diria também que se sentiu motivado pelo crime que acontece no chuveiro. Foi tão bem
sucedido financeiramente (Psicose conquistou a segunda bilheteria do ano ficando atrás apenas de Ben-Hur de William Wyler) quanto artisticamente, alterando os rumos do cinema de horror.
Assistindo à série produzida pelo mestre, percebe-se que além da técnica outros elementos foram reutilizados ou melhor desenvolvidos no cinema. Principalmente no episódio E Assim Morreu Riabouchinska (And So Died Riabouchinska, 1956 de Robert Stevenson) que estranhamente nunca é citado como referência a Psicose.
O roteiro do episódio é baseado num conto de Ray Bradbury que já havia sido adaptado ao rádio na década de 40. O ponto em comum principal com Psicose é justo a investigação do detetive (Charles Bronson) chegar a um ventríloquo (Claude Rains) enlouquecido que comete um crime reproduzindo a voz da amada morta, ou seja, ao invés de um corpo empalhado tem uma boneca com as feições da finada.
Gregg: Riabouchinska e Sra. Bates |
Uma das coisas que chama muita atenção para a similaridade entre as duas obras é justamente a voz da boneca, a tal Riabouchinska. É a voz de Virginia Gregg, um dos três atores a interpretar (de forma não creditada) a senhora Norma Bates no filme de 1960!
Virginia Gregg seguiu no papel nas mal afamadas sequências de Psicose de 1983 e 1986. No episódio em questão de Alfred Hitchcock Presents ela adicionou um sotaque russo, mas claro, basta abrir a boca da boneca de madeira que a gente logo diz: “Ah lá, a Senhora Bates!”.
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Hitchcock preto no branco
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