Batman vs Drácula: Morcegos que se entendam!

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O inevitável encontro de Batman e Drácula aconteceu em 2005, lançado diretamente em DVD pela Warner, inclusive no Brasil. Essas animações longa metragem do Batman costumam ser interessantes pela liberdade inventiva da técnica e do público menos amplo do que o do cinema.

O Batman Vs Dracula (The Batman VS Dracula, 2005 de Michael Goguen) infelizmente é muito polido em termos de horror. É mais um produto para meninos pequenos que gostam do herói do que para jovens adultos que gostam de terror e ação.

A junção dos personagens de Bram Stoker e Bob Kane, além de estar no imaginário popular, não é propriamente uma novidade. Há quem afirme inclusive que ambos têm o mesmo DNA criativo, conforme você lê clicando aqui.

Nos quadrinhos já aconteceu algumas vezes, embora a Marvel tenha por um tempo criado um gibi do Drácula, que é um personagem em domínio público. A DC Comics promoveu a junção deles na trilogia Batman & Dracula: Chuva Rubra / Tempestade de Sangue e Bruma Escarlate distribuído no brasil pela Editora Abril e Mythos Editora na década de 90.

No cinema, sem permissão da DC Comics, Andy Warhol dirigiu um filme experimental chamado Batman Drácula em 1964. O pai do pop seria um fã dos personagens, antes do seriado estrelado por Adam West.

Em 1967 um diretor filipino dirigiu também de forma não oficial Batman Fights Dracula. Obscuro, de se apostar que tomava proveito do seriado televisivo americano misturado com os vampiros promovidos nos anos 60 pela Hammer Films.

Falando em referências, o desenho recente é riquíssimo para quem for minimamente inteirado no universo de terror. A começar pelo Drácula de aspecto que parece ser um baralhado de Christopher Lee com Vincent Price.

Ainda sobre o Conde, ao ser descoberto por Pinguim (sim! Conseguiram ainda encaixar ainda vários vilões) suas feições lembram a de Bruce Campbell como Ash em Uma Noite Alucinante 2 (Evil Dead II, 1987 de Sam Raimi). Os zumbis que aparecerão também terão a mesma aparência, além de algumas tomadas deles despertando como nos filmes de Raimi.


Da Hammer vem ainda a Carmila, a Vampira de Karnstein, que a paquerinha do Batrman, Vicky Vale, seria uma reencarnação. A personagem lembra visualmente a atriz Madeline Smith (ao invés de Ingrid Pitt!), destaque no filme Vampire Lovers dirigido por Roy Ward Baker para o estúdio britânico em 1970.

À paisana, ou seja, disfarçado como humano, Drácula assume o nome Alucard. O mesmo utilizado por Lon Chaney Jr. em O Filho do Drácula (Son of Dracula, 1943 de Robert Siodmak), uma das sequencias da Universal para o monstro clássico.

Enfim, graças a esses toques não é um trabalho desprezível, embora sua história nunca chegue a empolgar. Outra ponto de interesse, claro, é o gênero terror ter raros títulos em animação.

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