A frase, como qualquer nerd sabe hoje em dia, é uma referência a um episódio do Nacional Kid, dita pelo vilão Dr. Sanada, assista ao trecho clicando aqui. Só que já fazia tempo que isso havia sido exibido no Brasil, o que causou comoção nas pessoas e imprensa tentando especular o que significava aquilo.
Em pouco tempo vários outros tapumes de obras e muros passaram a ostentar a frase se espalhando por outras cidades e até países. Virou uma febre cujo mistério da identidade de quem escrevia ou significado daquilo realmente causou um maremoto.
A grafia era idêntica independente dos lugares, conforme Teixeira explicou ao site, porque ele mesmo ensinou seu estilo de grafite a um grupo de amigos. Amigos que na verdade só estavam se divertindo com a repercussão.
Chegou-se a especular nos jornais que seria um código de encontro entre traficantes e até, mensagens de alienígenas tentando contato. “Naquele tempo, e até hoje, é difícil encontrar uma pichação que seja uma frase, e ali havia um período completo, sujeito, verbo e objeto.“
A frase chegou a aparecer até em textos publicitários do tipo “Celacanto provoca maremoto de preços baixos”. Também apareceram outras pessoas com outras frases o que tornou um caos!
A prefeitura (época de ditadura) baixou uma lei para que quem fosse pego sujando os muros teria que pagar uma multa altíssima. Na prática não foi só isso, a polícia flagrou um dos carinhas, deu-lhe homérica surra e encheu a cara dele de tinta.
Sendo assim, coube ao autor ouvir o apelo do seu pai, que trabalhava no Jornal do Brasil, de que estava na hora de revelar toda a história. No acervo Folha consta uma matéria de seis de agosto de 1978 intitulada “Grafitti: A Arte da polição” onde o carioca se explica.
Por um período era chamado de Celacanto na ruas e até desmascarou alguns farsantes que passaram a se declarar os pais do célebre grafite. Além de criar um meme pré-histórico, Carlos Alberto Teixeira tornou-se uma dessas celebridades instantâneas por nada, tal e qual surgem hoje a cada riscar do calendário.
A primeira e última imagem, assim como a maioria das informações são um oferecimento Catalisando
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Ich! Como lembro disso no Rio!!!
ResponderExcluirJá naquela época, o Profeta Gentileza escrevia suas coisas e gesticulava na avenida... Ninguém ligava...
Letícia, e não virava mania... Veja só!
ResponderExcluirNão. Era falado, e tal, mas não como febre idiota. E, melhor de tudo, não era teaser de projeto algum. Foi só uma ideia e pronto.
ResponderExcluirLetícia, é curioso como as pessoas estão sempre prontas a aderir a qualquer coisa. A internet só facilita a coisa.
ResponderExcluirEi, que história mais legal! Esse tipo de coisa que se espalha mesmo muito tempo antes da internet e seus memes e virais é fascinante!
ResponderExcluirIgres, é no mínimo curioso. Já tinha ouvido falar faz muito tempo... Desencanei até que outro dia encontrei sobre isso num site JAPONÊS, que comentava o sucesso de Nacional Kid no Brasil.
ResponderExcluirMuito legal!
Lembra um pouco o Toniolo... muita gente só foi saber de toda a história com a internet. http://tocae.blogspot.com.br/2006/10/toniolo-um-mito-urbano_09.html Aqui em Canoas já fizeram até campanha pra votarem nele sem ele ser candidato.
ResponderExcluirKoppe, eu tinha um ano na época, mas ouvi falar na escola, época de fanzine coisa e tal. Mas não duvido que alguns adultos de 77 só foram saber a fundo nos idos da Internet.
ResponderExcluirQue interessante esse TonioLo. Um caso local bem parecido.