Tão tradicional quanto qualquer coisa salgada adornada com fios de ovos. Em 1955, o papai Noel da Escapade já trocava os chinelos do vovô (tá vivo?) por exemplar do sexo feminino de uns quarenta anos a menos. Embrulhada pra presente!
Não deve haver gênero de revista que explore mais a data cristã do que as voltadas ao público adulto. Ok, estou exagerando!
Aquelas com dicas pras donas de casa decorarem a mesa natalina também inundam as bancas em dezembro. Mas essas não são nem um pouco divertidas, embora igualmente de alma camp.
E só perdoo a gastura que a data dá por isso. Chega a ser burlesco o frenesi generalizado que todos os anos somos obrigados a enfrentar.
Começando pela dificuldade em fazer coisas ordinárias, como ir ao shopping comer pizza e os comerciais na TV ao som de arpas angelicais. Vamos fingir que desconhecemos as intenções nada celestiais desses anunciantes.
Acho pouco um só natal por ano! Eu e os pobres economistas que têm que esperar 11 meses pra irem à televisão explicar o que fazer com o 13º.
As imagens são um oferecimento What Makes The Pie Shops Tick?
Veja também:
Natal nas bancas: Nunca fui santa
Papai Cruel
Mais tradicional que panetone
[Ouvindo: Kaze Wo Atsumete – Happy End]
Arpas angelicais? Por acaso em Baurú (é ai que você mora, né; sempre confundo por causa da minha avó - longa história que outro dia conto, rs) foi proibido o CD de Natal da Simone? Eu simplesmente tenho pavor daquele álbum... Todo ano tenho que ouvir que então é Natal...
ResponderExcluirE pensar que a versão original toca por nossas terras como hino da paz, rs.
Daniel, Bauru? de onde vc tirou Bauru?
ResponderExcluirOlha, andei ouvindo coisas muito piores nesses grandes magazines. Umas moças esganiçadas que dão saudade da Simonão.
É, disse que confundia as cidades do interior paulista. Minha avó sempre contava de uma tal viagem de trem entre SP e Baurú ou Jundiaí, mas sempre fico naquela de "qual era mesmo?". Ela contava muita história e citava muitas cidades do interior paulistano...
ResponderExcluirMas acho que a tal descida de trem seja para Jundiaí então. Ela conta com uam saudaaaaaade.....
E não conheço as duas. Deve ser por isso que confundo nomes.
Daniel! No meio do caminho: Jundiaí!
ResponderExcluirNormal, também confundo tudo. Só agora me liguei que Recife é uma coisa e Fortaleza é outra.
Sinal dos tempos: hoje, dia difícil, me perturbei com uma árvore piscando. A dor de cabeça aumentou e finalente me dei conta de que a idade me dá certas prerrogativas ranzinzas.
ResponderExcluirAgora, chato mesmo - desconfio que já falei aqui - é música de Natal no bandolim.
Letícia, NUNCA falou. Hahahaha Música natalina de bandolim!!!!!
ResponderExcluirO mais bizarro é que levam a data muito a sério. tanto as que gostam quanto as que não gostam.
música de Natal no bandolim...?
ResponderExcluirAcho que a Letícia está confundindo com a harpa paraguaia de Luis Bordon, que deve ter infernizado a vida dela quando criança.
Aqui: http://www.youtube.com/watch?v=JKIHk4-Mtww&feature=related
O disco 'A Harpa e A Cristandade', do Bordon, estava em todos os lares brasileiros, e tocava direto no rádio, dezembro inteiro.
E vcs ainda reclamam da Simone...
Refer, e eu acho que devo ter alguns desses discos aqui... :-/
ResponderExcluirAh, Refer, esse também é pra se jogar do viaduto do Chá.
ResponderExcluirNão encontrei no bandolim, vai no cavaquinho: http://www.youtube.com/watch?v=tWottmJ8kWM&feature=related
Tocando em rigorosamente TODAS as lojas do Méier, em pleno dezembro de vermelho e dourado, com cheiro de panetone e uva-passa. Quem merece?
Letícia, mas repito! NADA se compara a gritaria que ouvi nas L. Americanas outro dia.
ResponderExcluirUma fulana pseudo Mariah Carey (!!!) a todos os pulmões. Pra espantar cliente mesmo.
Nunca tinha ouvindo falar em Luis Bordon; muito menos na harpa paraguaia. De música que tenha "Paraguai", só a Galopeira e olhe lá. mas olhei no wikipedia e o tal álbum foi lançado em 1970... Nasci em 1985, peguei o lançamento do fatídico álbum natalino. Para maioria de minha geração, ela apareceu com aquilo (pra ser sincero, ainda lembro muito mais dela com aquele álbum que outros...)
ResponderExcluirMiguel, sobre a suposta Mariah Carey.... Já me acostumei a receber 1021 mil cd's de Natal de todos os ritmos bregas e gostos duvidosos. Acho que todo artista internacional deve ser obrigado a lançar, só pode. Até a medonha da gaga fez isso, senão me engano!
Gente, na noite feliz, não tem uma santa família que ouve aquilo! Ainda mais nos dias de hoje, com TVs gigantes e blu-rays pra ficar distraindo a família, que conversará horrores, sempre de pileque!
"Nasci em 1985, peguei o lançamento do fatídico álbum natalino" (da Simone)
ResponderExcluirdaniel, e o senhor é disquejóquei?
ResponderExcluirHarpa paraguaia não tem a escala musical completa, parece instrumento de brinquedo. O som é mais irritante que bandolim. Os discos torturantes do Bordon começaram a sair por volta de 1960: boleros, tangos, guarânias etc. Quando juntou a tal harpa e a música de Natal, então...
ResponderExcluirMistério. Não sei por que brasileiro não escreve nem grava mÚsica de Natal. Aí, todo ano tocam o disco da Simone.
Música nacional de Natal, de cabeça só me lembro aquela do Blecaute (blimblão, blimblão...) e a 'Boas Festas' de Assis Valente, que é deprê pra caraio. Acho que já comentei isso aqui.
Refer, outro dia estava debantendo este mistério aqui em casa. Só toca Simone pq é único, e é único pq não vendeu nada. Assim sendo, como não vendeu nada se só toca ele em todos os lugares?
ResponderExcluirMiguel, eu sempre soube que ela tinha vendido muito esse álbum! Todo mundo tinha numa época que pirataria era comprar pisca-pisca na 25!
ResponderExcluirFuçando na Wikipedia, "Em 1995 lançou o Cd 25 de Dezembro, exclusivamente com canções natalinas, e obteve a maior vendagem da carreira, mais de um milhão e meio de cópias vendidas em apenas um mês e meio: Ao lançar, no ano passado, o disco natalino 25 de Dezembro, a cantora Simone quebrou um tabu. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, os cantores brasileiros não têm o costume de lançar, no mês de dezembro, discos com músicas de Natal (Revista Veja)"
Essa marca, em um mês e meio.... Olha, acho muito, mas muito mesmo. Fora o tanto de fita cassete gravada das rádios, rs!
Daniel!!! Já faz tanto tempo assim? PUTZ!
ResponderExcluirEntão o mistério continua! Vendeu muito e ela não fez outro?