Mais tradicional que panetone

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Começou a temporada de caça aos economistas, professores de finanças e seres do gênero! Todo e qualquer veículo de comunicação aproveita esta época do ano para entrevistar um deles.

A pergunta é a mesma desde que o mundo é mundo, ou melhor, desde que em 1962 criaram esta bufunfinha extra no fim do ano: “O que fazer com o 13º salário?”.

Torço para o dia em que ouvirei “Torra tudo em figurinha da Copa!”. Qual o quê!

A resposta também são exatamente a mesma todo santo ano. Pagar dívidas mais urgentes e se possível (aham) guardas uns caraminguás pro futuro.

Clichê do jornalismo muito parecido com aquelas matérias sobre o carnaval de norte a sul do Brasil. Não duvido que algum dia revelem que estão usando as mesmas imagens de Olinda há 5 anos.

[Ouvindo: Tutti Frutti – Frenéticas e Miguel Bosé]

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14Comentários

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  1. Ninguém pediu minha opinião, mas vou dar assim mesmo: o melhor investimento do 13º é gastar com as putas.

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  2. Refer, provavelmente! Melhor que figurinha até!

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  3. Todo ano c'est la même chose: economistas aconselham a saldar as dívidas (dívida de pobre é crediário nas Casas Bahia) e guardar pras despesas de início de ano.

    Não acontece nem um, nem outro: torram tudo com presentes fantásticos dados a alguém que não tem dinheiro pra comprar pra si aquele presente fantástico por causa... das dívidas.

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  4. Letícia, e duvido que alguém dê bola a tamanha obviedade, né?

    Quem não sabe que não se pode ter dívidas? Ainda mais contraindo outras? Uma lasqueira...

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  5. As pessoas deviam resistir mais aos apelos consumistas — parar um pouco de obedecer à instituição de dar presente em datas festivas.

    Eu só sou feliz quando presenteio —mas aqui, ó, se alguém for contar com presente meu em aniversário, Natal, dia disso e daquilo.

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  6. Refer, aaaaaah... :(

    Falando sério, você tem razão. Mas acho impossível esperar o contrário dessa gente.

    Caem facinho em qualquer balela de consumo. Depois jogam logo fora, mas antes desembolsam dinheiro pra ter.

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  7. E continuam poooooooooooobres de doer a vista!

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  8. Letícia, hahaha! Continuam pobres mesmo, mas pela TV eles vêm que não!

    "Nunca na história deste país" vivemos numa fase tão feliz. Podemos gastar a lá vonté!

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  9. Hoje estive no mafuá da Lapa. Você olha pessoas namorando máquinas de lavar que custam os olhos da cara nas CB e se pergunta: em que buraco esta criatura mora?

    Dá uma certa aflição.

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  10. Letícia, não importa o buraco. Importa que no buraco há uma TV que lhes diz que elas podem! Hahaha (rindo pra não chorar)

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  11. O que mais me dói são as vítimas da moda. Nêgo que ganha oitocentos reais e compra um tênis de quinhentos. Uma sobrinha torrou o 13º inteiro dela em um conjunto de moleton 'de grife'. No Senegal em que vivemos ela vai poder usar a roupa umas 5 vezes no ano.

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  12. Refer, e os coitados que aboliram a palavra celular? Usam "I-Phone". "Vou te passar o número do meu I-phone".

    Bucho vazio mas no grito da moda. tesc tesc.

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  13. Refer e Miguel, cês sabem que tenho saído, acompanhando mamãe nas compras de Natal (argh!). Quanto mais vejo as vitrines, as pessoinhas, menos entendo pra quê tanto investimento suado, já que o resultado (dessa última fase modística, então...) é esteticamente péssimo. Tudo devidamente ornado com cheiros de amêndoas doces e moranguinho.

    Daí eu pergunto: O que aconteceu que a gente regrediu tanto?

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  14. Leticía, isso!!! Penso muito nisso! Não acompanhamos, nós humanos, os avanços científicos e tecnológicos. Muito pelo contrário.

    Estamos rumo ao Planeta dos Macacos!

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