
Involuntariamente cômico, coloca as ex BBBs Fran e Priscilla (e outras duas tão esquisitas quanto desconhecidas)num tipo de road movie da pobreza. Cada episódio tem um fiapo de história que vai desembocar nas moças ralando coco.

Quem chama estas comédias brasileiras atuais de pornochanchada não sabe o que diz. Malícia (com a letra “eme” lembrando a da finada loja Mappin!) sim, é um legítimo herdeiro dos filmes feitos na Boca do Lixo paulistana nos anos 70.
O principal (único?) atrativo (a sacanagem das participantes de reality show) é conversinha pra boi dormir. Literal regulação de mixaria.
Coproduzido entre a emissora e a Conspiração Filmes, tem a esperteza de empregar linguagem documental com câmera balançando, cenas curtas, luz natural. Empregam de forma nada sutil um dos inteligentes macetes de Russ Meyer.
Como o diretor de Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965) e Mondo Topless (1966) trabalhava com stripers sem talento dramático algum, dava a elas poucas frases de texto, que era filmado aos poucos. Assim criou sem querer um estilo de edição que ficaria mais conhecido com a popularização dos videoclipes a partir dos anos 80.
É engraçado, tosco, fora da estética convencional. Não que eu vá lembrar de assistir a mais um episódio amanhã, mas se estiver zapeando e me deparar, vou parar.
Veja também:
Quando o cinema tinha mais peito
[Ouvindo: Malayan Nightbird - Warren Barker]
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