Beijo, não me liga!

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Telefone é aquele objeto que faz trim-trim, preferencialmente quando se está tomando banho ou fazendo nº 2. Infelizmente a brilhante invenção de Graham Bell não vem com o aviso comum em ônibus: “Converse com o motorista somente se necessário”.

Pessoas com fraca concentração geralmente se irritam com telefone. Parar o que se está fazendo para ouvir uma bobagem qualquer, ainda mais vindo daquela invenção do capeta chamada telemarketing, é para elevar os nervos às alturas!

Telefone em casa é o lado masoquista de todo ser humano. Se paga para ter aporrinhações frequentes pelo 90% de ligações dispensáveis.

Reparo muito em filmes o quanto era sinônimo de status ter telefone. Aliás, isso deve explicar o uso constante do aparelho em produções antigas (e ordinárias) de filmes pornográficos.

E era preciso falar com a telefonista antes pedindo para ela completar a ligação. Imagino as fofocas cabeludas que estas profissionais deveriam saber.

Tenho uma amiga que ainda lembra-se quando pra falar na farmácia do tio pedia pra mocinha discar 12. Sim! Apenas dois dígitos e bastava.

Agora é esse batalhão de números a serem decorados. E ai de quem não decora! Volta e meia passo constrangimento, quase como se tivesse revelado o hábito de bater na mãe.

Ah, no Brasil então, nos idos da não saudosa Telesp, telefone era coisa de personagem rico nas novelas. Embalagens vazias de chocolate Bis serviam pra gente brincar que era um daqueles sem fio, que as grã-finas usavam à beira da piscina na TV.

Celulares são uteis para futuras emergências. Não recordo no momento de nenhum outro filme datado pela falta de celular quanto Pague Para Entrar Reze Pra Sair (Funhouse, 1981 de Tobe Hopper).

Vidas de adolescentes fornicadores teriam sido salvas se algum deles sacasse o celular e chamasse o pai! “Estamos presos no trem fantasma e um louco está tentando nos matar!”.

Simples, simples assim! E fim de filme logo nos primeiros minutos!

Se bem que a hipótese da gente ficar preso num trem fantasma é ínfima...

[Ouvindo: Red Dress - Andrew Ridgeley]

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15Comentários

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  1. Esse post me fez lembrar do tempo que o técnico da Telerj era chamado e minha mãe corria pra esconder a extensão, rsrs.

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  2. Glauco, não podia ter extensão? rsrsr

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  3. Na verdade podia, mas cobravam uma taxa absurda pelo ponto extra, quase tão absurda como ter uma linha naquela época. Se não me engano também era obrigado a usar o aparelho modelo da estatal, mamãe sempre escondia o importado do Paraguai, rsrs.

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  4. Glauco, hahahaha! Tive uma amiga que ao invés de viagem a Disney nos 15 anos, pediu uma linha telefônica!

    A garota tinha uma renda extra alugando a linha!

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  5. Uma coisa que me deixava boladão nos filmes americanos era entender COMO a pessoa sabia em qual bar/restaurante/etc estava a pessoa com quem ela queria falar.

    Exemplo: o Charles Bronson estava em um bar e de repente o barman atende o telefone e diz "sr. fulano, quem é?" e o Bronson ia atender a ligação que ele estava esperando. Eu não sabia, existia o serviço, o Bronson antes de sair discava um código no tel. dele e o número do tel. bar para onde ia, e todas as ligações passavam a cair no bar.

    A ignorância é a coisa + triste do mundo.

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  6. Refer, Nunca tinha parado pra pensar nisso. Ia pelo óbvio do cara ter avisado que estaria lá.

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  7. Miguel e Refer, como somos toscos!...

    Extensão, como disse o Glauco, era paga, sim! (Não que eu lembre, foi meu pai que contou.) Daí que as pessoinhas começaram a observar e aprender como fazia.

    Um dia chegaremos amplamente lá com os "pontos adicionais" de tevê a cabo.

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  8. Letícia, tosquíssimos! "pontos adicionais" de tevê a cabo que eles não têm custo algum...

    Se bem que no caso da TV é o oposto. Antes era fácil.

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  9. Verdade. Até eu fazia. Agora? Humpf!

    Mas chegaremos lá.

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  10. Letícia, acho tudo muito caro. Telefone, TV, Internet... Tinha que ser tipo água e luz.

    Sabe quantos pulsos gasto por mês? ZERO! E mesmo assim desembolso a tal assinatura.

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  11. Acho o phim!

    E, se quer saber, pelo meu gosto acho a programação a cabo fraca que dói. Muito latinizada...

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  12. ODEIO telefone, cara...acho que fiqui traumatizada depois de trabalhar por quase um ano como atendente do 103 da antiga Telemar (hoje Oi Fixo).

    Miguel, vc falou em "pulsos". não seriam minutos?

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  13. Letícia, dois! Antes, no início, quando era mais displicente, nos defrontava com coisa muito mais divertidas na madrugada.

    Mahal, sei lá! É aquele trem que cobram quando a gente conversa. Não é pulso que se diz?

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  14. bem...são minutos desde 2007! lembro que eu cansei de transferir planos de pulso pra minuto, afffe!

    euri do "aquele trem"! parece comigo falando!!

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  15. Mahal, não sabia disso... Só sei que pago por algo que vem zerado!!!! hehe

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