“B” de bom

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A inglesinha Naomi Watts já tinha seis anos de carreira entre o cinema australiano e séries de TV de seu país, quando, assim como boa maioria dos atores do planeta, decidiu tentar a sorte em Hollywood. Não foi, assim como boa maioria dos atores do planeta, bem sucedida logo de cara.

Estreou nos EUA, mas pouca gente notou, em Matinee – Uma Sessão Muito Louca de 1993 de Joe Dante. É a garota com ares de Doris Day, no filme bobinho dentro do filme que os irmãos assistem entediados .

Chega a ter falas e tudo, mas só percebi que era ela quando li os créditos finais, numa das vezes que revi esse filme. Aliás, Matinee é uma graça de filme injustamente desprezado.

Nele, anterior a Tim Burton homenagear Ed Wood, o diretor de Gremlins (1984) reverencia não só William Castlle, o rei dos filmes B, mas todo um estilo perdido de fazer e ver cinema. Homenagem de quem viveu aquilo, não de quem olha com estranhamento ou distanciamento.

Dante (embora pertença à geração que estudou a sétima arte na faculdade) começou fazendo filmes na trupe de Roger Corman, editando seus trailers. Fanático por obras de baixo orçamento foi ainda colaborador da saudosa revista Famous Monsters of Filmland.

No Brasil, Matinee saiu em DVD por uma daquelas distribuidoras pequenas. Se não me engano, comprei a minha cópia numa destas paradas de beira de estrada quando estava viajando.

Sim! Naquele tipo de lugar que eu amo frequentar! Sim, sim! A preço de amendoim torradinho.

[Ouvindo: Carinhoso - Ethel Smith]

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