E esse povo de agora que se mata pra divulgar ser filho de Fulano e Cicrano? Cada bebê Galisteu que nasce já penso: Xiiii, vamos muito ouvir falar dele daqui uns 15 anos.
Maria Fernanda se aproximou da atriz Vivien Leigh graças à montagem nacional de Um Bonde Chamado Desejo (A Streetcar Named Desire). Leigh fez a personagem Blanche DuBois por anos a fio nos palcos e também no filme dirigido por Elia Kazan em 1951.
Num coquetel após o espetáculo nacional, indagou o porquê da Maria Fernanda estar tão tristonha. Soube que sua mãe era uma célebre poetisa e que estava hospitalizada muito mal.
No dia seguinte, sem falar nada a ninguém, foi até o hospital levar ramalhete de rosas. Barrada na portaria porque a enferma dormia, não deu nem confiança e entrou mesmo assim no quarto.
Permaneceu sentadinha no quarto, até Cecília Meireles despertar. As pessoas que iam chegando levaram um susto ao se depararem com a altiva Scarlett O’Hara ali, humildemente emoldurada por rosas.
Meireles ao acordar recebeu as flores da atriz que logo foi embora, sem ser reconhecida pela paciente. A atriz só foi identificada pelas outras visitas presentes.
Desse encontro nasceu a poesia que se não me engano foi intitulada “Vivien Leigh ao cair da tarde”. Leigh teria dito depois que sua motivação foi pra lembrar da grandiosidade dos poetas, e que eles não morrem nunca.
Ao programa Roda Viva da TV Cultura, o ator Renato Borghi contou em 1998 a historia um pouco diferente. Dá pra assistir clicando aqui ele dizendo que a atriz ia ao hospital todo dia, tendo virado amiga da poetisa.
[Ouvindo: Tricky Tricky (post50UND Remix) - Röyksopp]
Eu sabia da Maria Fernanda ser filha da CM, até porque ela é louca desde que Fagner fez uma música usando uns versos da poeta, numa homenagem.
ResponderExcluirPra quê? A louca da filha berrou por direitos autorais!. Aliás, o espólio de CM está apodrecendo devido à pouca amabilidade e espírito ganancioso reinante.
O que eu não sabia era dessa história com a VL. Será que ela chegou a ler o Romanceiro da Inconfidência e, pior, sabia do que se tratava?
Dúvidas...
Letícia, isso de herdeiros no Brasil dá largas teses de mestrado. Vide os da Carmen Miranda, Nelson Rodrigues...
ResponderExcluirDeve ser bem difícil de lidar mesmo com herdeiros...
Nossa, que história curiosa! Nunca imaginei que Maria Fernanda fosse filha da Cecília. E esse fato ocorrido no hospital é realmente interessante e belo.
ResponderExcluirParabéns pelo inteligente conteúdo do blog! Me identifiquei muito.
abs
Jumara Cardoso
www.degradedamoda.blogspot.com
Jumara, valeu!
ResponderExcluirahnm, olá Miguel
ResponderExcluirPor que estou achando que pode ter gente confundindo Maria Fernanda Meirelles com Maria Fernanda Cândido?
Refer, olha só quem tá vivo!
ResponderExcluirHahahahah! Com certeza devem confundir. A filha é a Dona Maria, A Louca do filme Carlota Joaquina.
Eu mesmo nunca a vi fazendo novela. Sei que fazia de ouvir fala.
Eu também desconhecia todas essas história, não sabia da filiação de Maria Fernanda e de Vivien Leigh visitar CM no hospital. Isso foi no Brasil?
ResponderExcluirMaria era belíssima, fui conferir sua filmografia no IMDB e simplesmente não vida do que ela fez nos anos 40 e 50. Lá consta que ela foi Scarlet Scarlet O'Hara na TV Tupi, que coisa!
Miguel, Maria Fernanda - assim, sem sobrenomes quaisquer - era a dona do Bataclan em Gabriela.
ResponderExcluirGlauco, eu sabia apenas que uma das últimas apresentações de Vivien foi no Municipal de SP!
ResponderExcluirLetícia, a dona do Batclan não era aquela velhinha dos molhos Sakura? Heloísa Mafalda?
A Tia Vivien pelo jeito se mudou pra cá e ficou amiga de todo mundo!! Pois no livro do Dener Pamplona de Abreu, O Luxo, Ele conta que ficou intimo da tia e que ela o convidou pra trabalhar com ela...
ResponderExcluirMuita dada essa Scarlett!!!
Moyses, né? Tem jeito de mó durona.
ResponderExcluirPQP, Miguel, verdade! Fiz uma confusão imensa. Maria Fernanda também trabalhou em Gabriela, só que longe do Bataclan.
ResponderExcluirLetícia, não sabia! Como eu disse, só a vi naquele filme.
ResponderExcluirMemória nacional zero. Dei uma procurada rápida, não há uma droga de imagem de MF em Gabriela, mas há em fichas técnicas da novela por aí.
ResponderExcluirLetícia, podre! Uma das coisas que me faz manter o blog é isso. Sair à cata das coisas e não encontrar nada.
ResponderExcluirE se encontrar é sempre aquela patifaria de texto roubado, tirando sarrinho, etc.
Você já fuçou a Coleção Aplauso? Acho que já falei dela aqui. Textos biográficos sobre teatro e tevê nacionais e QUILOS de fotos.
ResponderExcluirQuando estou tranquila, de vez em quando pego um pra ler na tela. É uma delícia.
Lembro o da Balabanian, que contou sobre o incêndio no seu apartamento, quando ela perdeu tudo. Fotos, tudo!
Todo mundo ajudou. Roupas, móveis... e pessoas do Brasil inteiro mandaram cópias de fotos antigas de família. Achei tão bacana...
Leticia, e os livros custam pouco! Só tenho do Silvio de Abreu, infelizmente.
ResponderExcluirMas estão todos lá, disponíveis on line. Eu mesma não tenho volume algum.
ResponderExcluirLetícia, já comecei a limpeza lá. Assim que terminar de baixar um bagulhão aqui vou voltar pra lá catar mais.
ResponderExcluirUia!
ResponderExcluirLetícia, só não achei o do Davi Cardoso. pombas, vou ter que comprar mesmo.
ResponderExcluirBem, o jeitão do site é jogo duro, dá até preguiça de procurar.
ResponderExcluirMas esse do David Cardoso foi lançado recentemente, não? Logo logo deve estar lá.
E tem título por filme, por peça de teatro... Pra mim que sou distraída, é meio chato.
Letícia, e dá pra ler online.... Mas pra mim que sou POSSESSIVO, é meio chato.
ResponderExcluirAinda bem que dá pra salvar! :D
Cada volume dessa coleção estava a déi reáu na última Bienal. Se o caso é a posse física..., o material vale a pena, porque já é referência oficial, ás vezes a única, como no caso de JM.
ResponderExcluirLetícia, custa 16 na careira da 2001 da Paulista. Já acho barato!
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