Do aeroporto "decolam" estes sucessos nacionais– Canal 7 TV Record
Olha o poderio da programação da TV Record na metade da década de 60! A emissora tinha em seu cast Elizeth Cardoso, Elis Regina, Ronald Golias e Roberto Carlos.
Todos continuaram reconhecidos na posteridade. Nem rola comparar o que era a emissora e do que é após a compra pelo bispo Edir Macedo.
Se bem que quando a conheci (primeira metade dos 80) era patrimônio do Silvio Santos. Passava aos domingos o programa do Homem do Baú simultaneamente á TVS (hoje SBT).
Durante a semana preenchiam a programação com filmes de faroeste e terror do estúdio inglês Hammer, ainda sem a aura cult de agora. Tão tosco que as chamadas utilizavam apenas fotos estáticas.
Nesse período, os únicos anunciantes eram Caninha Jamel e Fábrica de Móveis Brasil. Gretchen cantava o inesquecível jingle: “Só na Fábrica de Móveis Brasil, ta?”.
[Ouvindo: Dance Macabre - Franz Waxman]
Final da década de 60 — vc ainda é broto demais pra ficar confundindo décadas (como eu).
ResponderExcluirNo final dos 50 a Record tinha uma linha razoável de shows (mas não era esse povo, logicamente) e equipe esportiva bacana com Raul Tabajara, Paulo Planet Buarque, Flávio Iazzeti e Silvio Luiz.
Refer, primeira metade da década de 60! 1965 pra ser mais preciso.
ResponderExcluirVou arrumar o texto.
Sonho com o dia (que nunca virá...) em que teremos nas lojas dezenas de DVDs com material de arquivo de TV, principalmente dos festivais: Record, Globo, Tupi (via Cinemateca e MIS)... Até mesmo da TV Excelsior. Diz a lenda que a Fundação Casper Líbero (leia-se TV Gazeta/SP) tem lá no fundo do baú, muito bem escondido, um monte de videotapes do finado Canal 9. Quem sabe está lá na Avenida Paulista, na íntegra, o tão falado e fabuloso "Arrastão" da Elis Regina que só vemos aos pedaços aqui e ali?
ResponderExcluir*doce ilusão*
Djalma, já pensei bastante nisso. Porque não vender DVDs a preços populares em bancas? Eu iria comprar um monte.
ResponderExcluirMas mesmo a Record, usa muito mal seus arquivos. Tem um programa pra isso na Record News bem fraco. Mostra só pedaços minúsculos.
Ninguém tá a fim de enfrentar uma avalanche de processos judiciais movidos pelos artistas, pelos parentes de artistas, por editoras musicais, roteiristas etc. etc. etc.
ResponderExcluirDeveria haver uma legislação específica para o assunto, que favorecesse o interesse cultural, mas não há. Direito autoral no Brasil não caduca, passa de 'pai pra filho', é a praga das capitanias hereditárias, como diria o saudoso João Saldanha.
Refer, sim! Com certeza!
ResponderExcluirE os contratos devem ser bizonhos...
Um exemplo: quando o SBT reexibiu Xica da Silva até a mais ignóbil das atrizinhas (em começo de carreira quando foi produzida)colocou a emissora no pau!
Parece que nos EUA reprises são uma alegria já que ganharão por anos e anos enquanto o programa for comercializado.
No final dos anos 40 o cinema inglês entrou em parafuso, as produtoras faliram.
ResponderExcluirPra manter o cinema vivo e a rapeize empregada, a (estatal) BBC produziu até meados dos 50 uma série GRANDE de filmes de baixo orçamento, em p/b e curtos (60 minutos). Por ser uma estatal e fechar acordos mil com sindicatos de todo tipo para tornar viável a série, pagando cachês realistas (ou até simbólicos) para a época, foram firmados contratos leoninos, de modo a salvaguardar os interesses de todos.
Com a estratégia, o cinema inglês sobreviveu; em compensação, a BBC tem até hoje um tesouro indisponível, porque os contratos proibem que os filmes sejam exibidos em qq lugar que não seja a própria BBC. Nunca foram exibidos em cinema, não podem ser copiados em VHS, DVD etc porque isso tudo não existia e não está previsto nos contratos. O fino do cinema inglês dos 50s tá lá, Dirk Bogarde, Maggie Smith, Lawrence Olivier etc., preso em nós jurídicos.
Refer, transporte esse tipo de contrato à realidade do Brasil... Devemos seguir regras e padrões super antigos.
ResponderExcluirFalando no cinema inglês 40's, sempre achei curioso que figuras populares com Tod Slaugther sejam pouco conhecidas aqui. Os filmes dessa época, narrativamente não perdem em nada ao que Hollywood fazia, embora como a maioria dos europeus, parecem ser de 1500.
Não me refiro só ao estado de conservação, mas a estética mais pobre mesmo dá ar de coisa muito mais antiga do que é.
"Deveria haver uma legislação específica para o assunto, que favorecesse o interesse cultural, mas não há. Direito autoral no Brasil não caduca, passa de 'pai pra filho', é a praga das capitanias hereditárias, como diria o saudoso João Saldanha."
ResponderExcluirRefer, nada mais exato! Deixar patrimônio artístico com família é o mesmo que expor qualquer tipo de obra ao tempo, ao mofo, à sujeirinha, ao encardidinho de cigarro, ao futum doméstico e à destruição total. Helio Oiticica que o diga.
Pra mim seria bom assim: paga alguma coisa pra essa gente calar a boca e con-fis-ca!
Letícia, isso aí. Já discutimos o tema aqui, neste mesmo bat local antes. Não lembro em que ocasião, mas lembro que já!
ResponderExcluirRecentemente..., acho.
ResponderExcluirLetícia, dei pra confundir tudo. Por uma ou duas vezes quase repeti post! :(
ResponderExcluirÉ a idade!
Lembrei deste post e dos respectivos comentários ao ver esta notícia:
ResponderExcluirhttp://www.conjur.com.br/2009-nov-25/millor-reclama-direitos-autorais-biblioteca-virtual-revista-veja
Nossa legislação deixa fácil concluir: TV Record irá lançar os DVDs dos festivais no próximo dia de São Nunca, 31/02/2010. *fato*
PS. No festival de 66 Nara Leão cantou uma música de Millôr.
Djalma, tinha ouvido falar desse lance do Millor. Não acho que faça sentido.
ResponderExcluirMas enfim, podemos tirar o cavalinho da chuva mesmo! Jamais vão lançar nada em DVD.